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Tempestade Eunice chegou em força ao Reino Unido

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A tempestade Eunice chegou em força ao Reino Unido, ameaçando ser uma das mais potentes a ter atingido o país em três décadas. Centenas de escolas foram forçada a fechar devido a ventos extremamente fortes. Por toda a Europa, as autoridades reportam acidentes, cortes no fornecimento de energia e cancelamento de voos e comboios. Na Polónia, três pessoas morreram.

De acordo com o Met Office, a entidade responsável pelas previsões meteorológicas da Inglaterra, a tempestade Eunice – a segunda a atingir o Reino Unido numa semana, depois da Dudley – motivou a emissão de um alerta vermelho por causa do vento forte que se registou em Londres e no sudeste e parte do leste de Inglaterra, entre as 10 e as 15 horas desta sexta-feira, prevendo-se rajadas de até 145 quilómetros por hora.

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Este é o primeiro aviso vermelho emitido para essas áreas desde que o actual sistema começou, há 11 anos. Desde então só 14 desses alertas foram emitidos no país inteiro – dois dos quais hoje, incluindo outro também por causa do vento para a costa norte do sudoeste de Inglaterra e para o sul do País de Gales até às 12 horas. Um aviso vermelho é o mais forte e a sua emissão significa que existe “perigo de vida”, risco de interrupção no fornecimento de energia e suspensão de transportes.

Em outras zonas do país, como na maior parte de Inglaterra, no resto do País de Gales, na Irlanda do Norte e na Escócia, vigoram avisos amarelos por causa do vento e da neve. “Eunice” que, de acordo com a BBC, já está a ser considerada pelos especialistas “uma das piores tempestades” no Reino Unido em três décadas obrigou ao encerramento de centenas de escolas, ao cancelamento de voos e comboios (no País de Gales, todos os serviços ferroviários foram suspensos) e ao corte de energia. No sul da República da Irlanda, onde há zonas que têm registado rajadas de mais de 130 km/h, mais de 6500 casas estão sem energia. No País de Gales, foram mais de 1800 casas. É ainda esperado que o mau tempo provoque danos em edifícios e carros.

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Com o Exército pronto para intervir se necessário, as autoridades do Reino Unido instaram a população a evitarem sair de casa quando os ventos atingirem velocidades máximas. O Governo convocou para esta sexta-feira uma reunião de emergência para discutir a resposta à tempestade.

Três mortes na Polónia e falhas de energia

Pelo menos três pessoas morreram devido às fortes tempestades que estão a atingir o norte da Europa, que também provocaram o corte de energia em milhares de casas e perturbações no trânsito rodoviário e ferroviário.

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Na Polónia, ventos de até 125 quilómetros por hora danificaram cerca de 500 casas, arrancaram telhados, derrubaram centenas de árvores e deixaram 324 mil casas sem eletricidade. Dois trabalhadores morreram e outros dois ficaram feridos quando a tempestade derrubou um guindaste num estaleiro de obras em Cracóvia. Outro homem morreu quando uma árvore caiu sobre o carro que conduzia, no oeste do país.

A República Checa também foi afectada pelas tempestades, com cerca de 300 mil casas sem energia eléctrica e a queda de árvores a provocar bloqueios em ferrovias e estradas, causando grandes transtornos ao trânsito (um acidente rodoviário no sudoeste do país causado pelo mau tempo levou três crianças ao hospital). Os ventos mais fortes, com rajadas de 181 quilómetros por hora, foram registados em Snezka, a mais alta montanha checa, ao norte do país.

Nos Países Baixos, atingidos por rajadas de 100 quilómetros por hora, um polícia ficou ferido depois de o telhado de um edifício comercial se ter levantado em Duiven, perto de Arnhem, a oeste. E na cidade de Maasluis, no Sul, duas pessoas ficaram feridas quando o carro em que viajavam foi atingido por uma árvore. O aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, relatou atrasos de até 45 minutos em voos, enquanto alguns serviços de comboio foram cancelados.

Na Alemanha, as escolas foram encerradas em vários Estados federais e a Polícia alertou as pessoas para não permanecerem em parques e florestas, nomeadamente em Berlim e Hamburgo. De acordo com a operadora ferroviária Deutsche Bahn, nenhum comboio de longa distância circulou durante a manhã no norte do país. A companhia aérea Lufthansa cancelou 20 voos, afetando as ligações para Berlim, Hamburgo e Munique a partir de Frankfurt, o maior aeroporto alemão.

C/JN

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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