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Talibãs proibem mulheres de trabalharem para ONU no Afeganistão 

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Os talibãs emitiram uma “ordem” proibindo que as mulheres afegãs empregadas na ONU trabalhem em qualquer parte do Afeganistão, anunciou o porta-voz desta organização internacional, denunciando uma decisão “inaceitável e francamente inconcebível”. As Nações Unidas já reagiu criticando a decisão deste movimento, actualmente autoridade de facto no Afeganistão. 

Em nota, o alto comissário dos Direitos Humanos da ONU disse que este anúncio é o mais recente de uma série de passos que estão a cercear os direitos e liberdades no país. Para Volker Turk, esta medida é “totalmente desprezível” e contribui para a erosão dos direitos das mulheres e meninas no Afeganistão.

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No Afeganistão, meninas acima da sexta série escolar estão proibidas de frequentar a escola incluindo as estudantes universitárias. Também têm restrições de liberdade de movimento e expressão em espaços públicos, não podem trabalhar em empresas comerciais, do governo ou ONG’s e estão sujeitas a códigos estritos de vestimenta, refere as Nações Unidas na sua página oficial.

O secretário-geral da ONU divulgou uma nota repudiando a medida dos Talibãs contra as mulheres, trabalhadoras humanitárias no país. Segundo António Guterres, a proibição viola as obrigações do Afeganistão sobre o direito humano internacional e é uma infração dos princípios de não-discriminação que é pedra angular da Carta da ONU. Este lembrou ainda que as profissionais são uma parte essencial das operações das Nações Unidas para entregar assistência que salva vidas.

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Mais de 28,3 milhões de pessoas no Afeganistão precisam, desesperadamente, de ajuda humanitária. Além do SG e do alto comissário para Direitos Humanos, outros representantes da organização criticaram a medida, incluindo a nova diretora do Programa Mundial de Alimentos, Cindy McCain.

C/ ONUnews

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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