A Suécia deixou a sua política de neutralidade assumida após a Segunda Guerra Mundial e passou a ser desde ontem o 32º membro da NATO (Organização do Tratado Atlântico Norte), numa cerimónia realizada em Washington. A adesão à aliança foi alcançada após intensas negociações decorridas durante dois anos devido a entraves levantadas por Turquia e Hungria e que foram depois ultrapassadas.
Após aceitar do Primeiro/ministro sueco os documentos que formalizam esse passo, o Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken afirmou que “coisas boas acontecem para aqueles que esperam”. “A nossa aliança é agora mais forte e maior do que alguma vez foi”, enfatizou.
Por seu lado, Jens Stoltenberg, Secretário-Geral da NATO, afirmou que a entrada da Suécia torna o grupo de países da organização mais seguros. Declarou ainda estar ansioso por hastear a bandeira sueca na sede da organização na próxima segunda-feira. Já o Primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, considerou a entrada formal do seu país na aliança “uma vitória da liberdade”.
O pedido de entrada à NATO foi desencadeado pela invasão russa da Ucrânia. Em resposta, Moscovo prometeu aplicar medidas de retaliação política e técnico-militares contra a Suécia.
A NATO tinha acolhido a Finlândia em abril do ano passado. Agora, com a Suécia, estes são os primeiros alargamentos da Aliança atlântica desde 2004 onde a Bulgária, a Letónia, a Lituânia, a Roménia, a Eslováquia e a Eslovénia se tinham juntado à Organização do Tratado do Atlântico Norte.
A dupla entrada destes dois países nórdicos na NATO, Finlândia e Suécia, é um revés para o Presidente russo Vladimir Putin, que é hostil a qualquer alargamento da NATO, ao ponto de justificar a invasão da Ucrânia em larga escala há dois anos com a aproximação de Kiev ao bloco.
C/ Dn.pt e RFI.fr