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Preço dos cereais sobe por ‘risco de escalada’ na Ucrânia

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Nenhum navio se atreve a atracar em portos ucranianos para carregar grãos desde que a Rússia deixou de garantir um corredor seguro no Mar Negro e bombardeou instalações de exportação, provocando um forte aumento dos preços agrícolas nos mercados europeus. 

Dois dias depois que a Rússia se negou a renovar o acordo sobre as exportações agrícolas da Ucrânia, que permitiu a saída de cerca de 33 milhões de toneladas de grãos em um ano, os mercados começaram a reagir. O preço do trigo  fechou com forte alta na quarta-feira, até 253,75 euros por tonelada no Euronext, somando 8,2% durante o dia, após a intensificação dos bombardeios russos. O milho subiu 5,4%, pouco abaixo da marca de 250 euros por tonelada para o prazo final de agosto. 

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Os preços dos cereais voltaram ao nível do início de abril, reagindo à escalada do conflito após a suspensão do corredor marítimo para o transporte de cereais e à ameaça de Moscovo contra qualquer embarcação que se desloque para a Ucrânia, refere a imprensa internacional.

Na segunda-feira, a notícia do encerramento desta rota marítima, que fornecia metade das exportações da Ucrânia, mal tinha sido divulgada no mercado. Mas após os ataques russos contra Odessa e Chornomorsk, dois dos três portos ucranianos do corredor, e as notícias de que as seguradoras “suspenderam a cobertura” dos riscos no mar Negro, a preocupação aumentou.

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A Rússia, que é junto com a Ucrânia os dois maiores exportadores mundiais de trigo e milho, declarou no início deste mês de julho não ver motivo para estender o acordo, suspendendo-o sob a alegação de que as sanções que sofre devido à agressão contra a Ucrânia impedem o cumprimento da parte do pacto que também deve garantir as exportações de alimentos russos e fertilizantes.

C/gências

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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