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Polémica sobre origem da Covid aquece após imagens de morcegos no que seria laboratório de Wuhan

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Um vídeo mostrando morcegos vivos naquilo que seria o interior do laboratório de virologia de Wuhan, uma instalação de alta segurança, voltou a reacender o debate sobre a origem do vírus da Covid-19. O laboratório, inaugurado com grandiosidade em 2017, agora é alvo de uma discussão internacional, após a divulgação das imagens.

Os chineses e os seus parceiros científicos do Ocidente, mais precisamente da França, sempre negaram que houvesse criação de morcegos no Instituto de Virologia de Wuhan. O facto pode reforçar a possibilidade de que o vírus da Covid-19 não tenha vindo de um animal na natureza, mas sim que tenha escapado de um laboratório chinês.

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O engenheiro Gilles, francês que mora na Nova Zelândia, faz parte de um grupo virtual chamado ‘Drastic’ – uma espécie de detetives amadores da internet, que investigam as origens do vírus da Covid-19 – avança que foram eles que acharam o vídeo em um site chinês. “Não é fácil encontrar um vídeo desses, porque o título nem sempre traz as palavras-chave para facilitar a busca. Tem de vasculhar muito, até tropeçar naquilo que interessa”, diz Gilles.

Inaugurado em 2017, o centro de pesquisa foi construído em colaboração com a França depois da epidemia de SARS (síndrome respiratória aguda grave), em 2002. Preocupados com o possível aparecimento de novos vírus, os chineses identificaram a necessidade da construção de laboratórios de alta segurança em que pudessem se preparar para epidemias.

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O grupo virtual Drastic, que supostamente descobriu que o coronavírus já tinha aparecido em artigos dos pesquisadores chineses, só que com outro nome, acredita que o vírus foi coletado por investigadores numa caverna infestada de morcegos em 2012, numa localidade a 1.500 quilómetros de Wuhan. Na época, 6 trabalhadores teriam contraído uma doença com sintomas semelhantes aos da Covid-19 e 3 deles morreram.

Outra descoberta do grupo “Drastic” foi em 2020: num artigo científico, pesquisadores de Wuhan revelavam ter encontrado, sem explicar direito como, um novo vírus. Foram eles que descobriram que este vírus já tinha aparecido, só que com outro nome, em um outro artigo chinês, e que o vírus tinha sido colhido pelos pesquisadores em uma caverna infestada de morcegos, em 2012.

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Siga a reportagem da Globo.com neste link.

C/Globo.com

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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