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OMS preocupada com aumento de casos de covid-19 na China

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A Organização Mundial da Saúde está a preocupada com o aumento dos casos na China e com o facto deste país não estar a conseguir enviar relatórios precisos sobre o seu número de infetados. É que, desde que o país abandonou a política de zero covid, os registos oficiais da pandemia deixaram de ser confiáveis.

De acordo com a imprensa internacional, a China pode estar a enfrentar grandes dificuldades em manter um registo correto do número de infeções de covid-19, numa altura, em que está a viver um intenso aumento de casos de infeção. Desde que o país asiático, onde começou a pandemia, mais especificamente na cidade de Wuhan, abandonou as controversas políticas de zero covid, deixando de ser obrigatório a apresentação de teste PCR negativo para aceder a locais públicos – exceto hospitais, lares e escolas – os registos oficiais da pandemia deixaram de ser confiáveis.

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Esta mudança deixou frágil e pouco preparado o sistema de saúde chinês, que se vê a gora a braços com inúmeros problemas, nomeadamente, hospitais com falta de camas e sangue para fornecer aos pacientes ou, até mesmo, a falta de medicamentos.

Os especialistas dizem que a China pode enfrentar mais de um milhão de mortes por covid em 2023 e esta é uma situação que está a criar alarme entre a comunidade internacional, com a OMS a expressar uma grande preocupação. «Na China, o que foi relatado é um número relativamente baixo de casos em unidades de cuidados intensivos, mas curiosamente estas unidas estão lotadas», disse Mike Ryan, diretor de emergências da OMS, citado por meios de comunicação internacionais.

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Um dos sinais deste desfasamento dos registos é nos crematórios, onde se tem notado uma sobrelotação destes espaços. Segundo a AFP, os funcionários de crematórios chineses disseram que o número de mortos aumentou nas últimas semanas, sem precisarem, contudo, quantas dessas mortes estarão relacionadas com a covid-19.

Face a esta situação, a OMS pediu a Pequim maior transparência para poder enfrentar futuras pandemias. «A OMS está seriamente preocupada com a evolução da situação na China (…). Com o objetivo de proceder a uma avaliação completa dos riscos, a OMS necessita de informações mais pormenorizadas sobre a gravidade da doença e os números de admissões hospitalares e de unidades de cuidados intensivos», afirmou o secretário-geral da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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As autoridades chineses asseguram que sempre partilharam com a OMS todas as informações necessárias sobre a covid-19. «Desde que começou a covid, a China tem partilhado informações sobre a epidemia de forma atempada, aberta e transparente, de acordo com a lei, e informado a OMS sobre a situação da covid na China», disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning.

C/Agence France Press e Sol

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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