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Netanyahu nomeia político homossexual para atrair eleitores LGBT

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NO primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, indicou o deputado do partido governista Likud, Amir Ohana, abertamente homossexual, para chefiar o Ministério da Justiça. Esta é a primeira vez na história do Estado judeu que uma pessoa abertamente homossexual é nomeada ao cargo de ministro. Netanyahu justifica a nomeação com “razões políticas”.

A imprensa israelita diz que Ohana se pronunciou no passado em favor de uma lei de imunidade judicial para líderes políticos durante seu mandato. Uma posição favorável para o chefe do governo israelense, Benjamin Netanyahu, que é ameaçado por acusações de corrupção constantes.

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Em fevereiro, o procurador-geral Avichai Mandelblit anunciou sua intenção de indiciar Netanyahu por “suborno”, “fraude” e “quebra de confiança” em três casos de doações recebidas de bilionários, trocas de boas práticas entre governantes e chefes e tenta conspirar com a imprensa israelense. O primeiro-ministro nega as acusações e denuncia uma “caça às bruxas”.

Alguns órgãos de comunicação social em Israel garantem que, em mensagens enviado aos aliados ultra-ortodoxos, Netanyahu alega que o novo ministro não permanecerá por muito tempo em seu cargo e que a nomeação foi feita por razões políticas. A vincar a sua posição, o partido do ultra-ortodoxo do Judaísmo da Torá Unidos mostra-se claramente descontente com a insinuação de que a nomeação de Ohana teria um impacto sobre a política de Israel sobre religião e estado.

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O jornal Maariv cita uma fonte do partido dizendo que UTJ não deixará Ohana manter seu cargo por muito tempo, já que o facto de ser gay o obrigaria a adoptar reformas amigas da comunidade LGBT, que são um anátema para os judeus ultraortodoxos. “Desde que a nomeação de Ohana seja temporária, tudo bem”, disse a fonte. “Não vamos permitir que essa nomeação se torne permanente no governo, caso o Likud vença novamente”.

Israel é visto como um país esclarecido em termos de direitos de gays e lésbicas, mas a homossexualidade continua sendo um tabu nos círculos religiosos, parceiros-chave do governo de Benjamin Netanyahu. O chefe de governo deve depor depois das próximas eleições de 17 de setembro.

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C/Globo

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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