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Nancy Pelosi visita Taiwan e aumenta tensão militar entre China e Estados Unidos

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A líder do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, chegou hoje à ilha de Taiwan apesar do governo chinês ter avisado os Estados Unidos sobre as consequências desta visita. China garantiu que Washington vai ter de “pagar o preço” pela deslocação de Pelosi, que considera ser um “ataque” à sua soberania.

Aliás, a imprensa internacional relata alguma tensão militar nessa zona e nos últimos dias foram ouvidas sirenes em Taiwan a simular ataque aéreo. Pequim chegou mesmo a afirmar que os seus aviões de guerra sobrevoaram o Estreito de Taiwan, informação negada, entretanto, por Taipei.

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A aeronave norte-americana que transportou a comitiva liderada por Nancy Pelosi pousou no aeroporto de Taipei proveniente da Malásia, a primeira visita da governante norte-americana na viagem que faz à Ásia.

A visita de nossa delegação do Congresso a Taiwan honra o compromisso independente dos EUA em apoiar a democracia vibrante de Taiwan“, disse Pelosi após pousar na ilha. “Nossa solidariedade com os 23 milhões de moradores de Taiwan é mais importante do que nunca, em um momento no qual o mundo encara uma escolha entre a autocracia e a democracia”.

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Com a visita, Pelosi se tornou a primeira representante do alto escalão do governo norte-americano a visitar Taiwan desde 1997, quando Newt Gingrich foi a ilha.

Desde a semana passada, o governo chinês vem fazendo ameaças aos Estados Unidos caso a presidente da Câmara fosse a Taiwan. Pequim considera a ilha parte de seu território e entende a visita como uma provocação.

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Em resposta à visita, o Ministério da Defesa chinês disse que colocou suas Forças Armadas em alerta e que lançará “operações militares com alvos específicos”.

Em comunicado após a visita, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China disse que a viagem de Pelosi é “uma violação severa do princípio de Uma Só China, infringe severamente a soberania e a integridade territorial da China, prejudica severamente a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, e emite um sinal severamente errado às forças secessionistas da ‘independência de Taiwan'”.

A pasta afirmou ainda que a visita terá um “impacto severo na base política das relações China-EUA.

C/ Dn.pt e Globo.com

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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