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Morreu o Rei Pelé, ícone do futebol brasileiro e mundial 

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Morreu hoje, aos 82 anos, Edson Arantes do Nascimento, o lendário Pelé, ícone do futebol brasileiro e mundial. O “Rei”, como era conhecido no universo futebolístico, estava internado no Hospital Albert Einstein, no Estado de São Paulo, desde o dia 29 de novembro, após a deteção de um tumor no cólon, em setembro de 2021.

O brasileiro tricampeão da Copa do Mundo com a camisa da Seleção Brasileira e autor de mais de mil gols na carreira não resistiu a problemas de saúde causados por complicações de um câncer. O diagnóstico do tumor de cólon (intestino grosso) de Pelé foi feito em setembro de 2021, quando passou por uma cirurgia. Desde então, as visitas do ex-jogador ao hospital passaram a ser frequentes. Em algumas delas, o ídolo chegou a ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

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No início de 2022, foram identificadas metástases no intestino, no pulmão e no fígado. Na última internação, os médicos revelaram que o tratamento de quimioterapia não surtia mais efeitos. O Rei do Futebol passou então a receber cuidados paliativos para aliviar o desconforto e a dor. 

Pelé nasceu em 23 de outubro de 1940, em Três Corações, para onde o pai, João Ramos do Nascimento, o jogador Dondinho, se mudou para servir o exército. Estabelecido na cidade, Dondinho conheceu Celeste, filha de um vendedor de lenha, com quem se casou e teve três filhos, o primeiro batizado de Edson em homenagem a Thomas Edison, inventor da luz elétrica. Nos primeiros anos, o garoto recebeu da família o apelido de Dico. A mudança para Pelé foi em 1943, em homenagem ao guarda-redes Bilé, do Vasco da Gama de São Lourença, clube de Dondinho à época.

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Em 1945, a família Arantes do Nascimento trocou Três Corações por Bauru, no interior de São Paulo, onde Dodinho foi jogar. Na cidade, Pelé atuou em categorias de base do Sete de Setembro e no Baquinho, os juvenis do Bauru Atlético Clube. Em 1956, foi levado pelo ex-atacante Waldemar de Brito para treinar no Santos.

Pelé chegou ao Santos com 15 anos e 10 meses, no início de agosto de 1956. A estreia com a camisa do Santos não demoraria: em 7 de setembro, marcaria o primeiro de seus 1.091 gols pelo Peixe, substituindo o veterano Del Vecchio no segundo tempo da vitória sobre o Corinthians de Santo André, por 7 a 1, no ABC Paulista.

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Todos os feitos foram precoces na carreira de Pelé. A 7 de julho de 1957, estreou pela Seleção Brasileira marcando o gol da derrota, por 2 x 1, no Macaranã, em 7 de julho de 1957. Caçula do grupo na Copa do Mundo da Suécia, assumiu o posto de titular na terceira partida. O garoto foi decisivo na fase final, ao marcar o gol da vitória sobre País de Gales, por 1 a 0, que classificou o Brasil às semifinais. Até hoje é o único jogador a marcar três gols em uma final de Copa, na goleada sobre a França, por 5 a 2. No fim do ano, levantou o primeiro dos 10 troféus do Paulista pelo Santos.

A consagração viria na década de 1960. Com a Seleção Brasileira, conquistou o bicampeonato no Chile’1962, embora tenha se machucado na segunda partida. Com o Santos foi bicampeão da Libertadores e do Mundial Interclubes, em 1962 e 1963. No Brasil, teve a sequência de cinco títulos da Taça Brasil, iniciada em 1961, interrompida em 1966, quando perdeu para o Cruzeiro.

Na década de 1970, na considerada maior Seleção Brasileira de todos os tempos, conquistou o tricampeonato no México. Os anos seguintes foram marcados pelas despedidas, primeiro da Seleção (em julho de 1971), depois do Santos (em outubro de 1974). Os três anos seguintes foram no New York Cosmos, até se aposentar em 1977. Desde então, Pelé assumiu o título de embaixador mundial de futebol. Recebeu as mais variadas homenagens, da ONU ao Palácio de Buckingham.

Em 21 anos de carreira profissional, foram 1.367 jogos e 1.279 golos por Santos, Seleção Brasileira, Seleção Paulista, Seleção das Forças Armadas e New York Cosmos, para onde se transferiu em 1975. Com a camisa do Santos, Pelé jogou 1.116 partidas e balançou as redes 1.091 vezes. Pelo Brasil, foram 114 jogos e 91 gols.

Fonte: Correio Braziliense

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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