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Milhares de pessoas tentam minimizar desastre ambiental nas Maurícias

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Milhares de pessoas trabalham sem parar para minimizar os danos causados pelo derrame de petróleo de um navio encalhado nos recifes de coral ao largo das ilhas Maurícias. Uma tonelada de petróleo já terá escapado para o mar, revela a imprensa internacional.

É uma autêntica corrida contra o relógio para as equipas de intervenção, que tentam a todo custo impedir nova fuga de petróleo nas águas paradisíacas das ilhas Maurícias. O barco encalhado com 3 mil toneladas de combustível a bordo ameaça partir-se a qualquer momento.

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O navio MV Wakashio que transportava 4 mil toneladas de gasóleo e petróleo encalhou a 25 de Julho no sudeste da ilha Maurícia. Uma fissura no casco da embarcação levou à libertação de combustível. Trata-se de uma tragédia ambiental sem precedentes para esta ilha do Oceano Índico.

O barco deixou a China a 14 de Julho e estava a caminho do Brasil. Quando encalhou estava a cerca de 1 milha do sudeste da Maurícia quando deveria estar entre 10 a 20 milhas de distância da ilha. Já está em curso uma investigação para apurar a razão pela qual o navio se desviou da rota.

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A empresa proprietária do navio, a Nagashiki Shipping, e o operador Mitsui O.S.K, garantem que mais de uma tonelada de combustível já foi derramada nas águas das Maurícias. O trabalho das equipas, nomeadamente para bombear via helicóptero, o combustível que ainda se encontra no barco está a ser dificultado pela agitação do mar e ventos fortes.

Segundo a organização ambientalista Greenpeace África o derrame de petróleo e de gasóleo no mar e pode causar a destruição de milhares de espécies em torno das lagoas cristalinas de Blue Bay, Pointe d’Esny e Mahebourg. Para tentar conter o derrame, barreiras marítimas foram instaladas no arquipélago com 1,3 milhões de habitantes.

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A Agência Espacial Europeia disponibilizou uma fotografia de satélite que mostra o navio MV Wakashio, que encalhou num recife de coral, nas ilhas Maurícias, no dia 25 de julho, provocando o derrame de petróleo. A extensão dos danos são bem visíveis, onde a mancha negra de petróleo pode ser vista a contrastar com o azul turquesa das águas do Índico.

C/Rfi.fr

Foto: Plataformamedia.com

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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