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Israel e Palestina trocam acusações sobre ataque a hospital em Gaza

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Israel e Palestina, que estão em guerra desde o ataque do Hamas ao território israelense no passado dia 7 de outubro, trocam acusações a respeito de um bombardeio a um hospital na Faixa de Gaza, que deixou mais de 500 mortos.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, atribuiu o ataque a Israel. Em resposta o país acusou rapidamente a Jihad Islâmica de ser responsável pela ação. A Jihad Islâmica, outro grupo islâmico armado, que também atua dentro de Gaza, negou ter relação com o bombardeio.

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Arábia Saudita, Autoridade Nacional Palestina, Canadá, Catar, Egipto, Emirados Árabes, Estados Unidos, Irão, Reino Unido, Turquia, entre outros, enviaram condolências e condenaram este ataque, que já está a ser considerado um “crime de guerra”. Fazem também apelo ao respeito do direito humano.  

O alto representante da União Europeia para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, pediu que se determine quem atacou o hospital na Faixa de Gaza, para que os culpados possam ser “responsabilizados”. Lamentou que “mais uma vez, civis inocentes estejam pagando o preço mais alto”.

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O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter): “A OMS condena energicamente o bombardeio do Hospital Al Ahli Arab”.

Crime de guerra

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Atacar hospitais e instalações de saúde civis durante conflitos é crime de guerra, segundo o direito humanitário internacional. A proibição de ataque contra hospitais civis faz parte da Convenção de Genebra de 1949. O artigo 18, Título II da IV referida convenção determina que cada hospital civil deve receber um documento que o certifique como centro de saúde civil.

Além disso, o local deve ser identificado de forma visível pela Cruz Vermelha, ou Crescente Vermelho ou do leão ou do sol vermelhos. Em qualquer um dos casos, o fundo deve ser branco. Israel está, desde julho de 1951, entre os Estados parte que se comprometeram a respeitar as Convenções de Genebra.

C/Agências

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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