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Inteligência Artificial pode provocar catástrofe similar a uma guerra nuclear

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Um relatório da Universidade de Stanford mostra que mais de um terço dos pesquisadores de IA (Inteligência artificial) acreditam que decisões tomadas pela tecnologia têm o potencial de causar uma catástrofe comparável a uma guerra nuclear. O estudo foi realizado entre maio e junho de 2022, antes da popularização das plataformas de IA generativa, como o ChatGPT.

O pessimismo de 36% dos cientistas da área em relação aos avanços do sector é, contudo, apenas uma das tendências observadas pelo AI Index Report 2023. Este documento, refira-se, compilou estudos, pesquisas quantitativas e qualitativas para apontar as tendências da inteligência artificial no último ano.

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A sexta edição do AI Index Report se divide em capítulos que abrangem oito aspectos do tema, como “Pesquisa e Desenvolvimento”, “Desempenho técnico”, “Economia”, “Governança” e “Opinião Pública”, referem agências de noticias.  Em relação à economia, por exemplo, o estudo mostra que, apesar da empolgação, o investimento privado global em IA diminuiu pela primeira vez em uma década ficou em US$ 91 mil milhões em 2022, uma queda de 26,7% em relação a 2021. Apesar da retração, o montante ainda é 18 vezes maior do que em 2013, sendo os EUA os maiores investidores.

Em 2022, o investimento privado em IA nos Estados Unidos foi de US$ 47,4 mil milhões, cerca de 3,5 vezes o valor investido pela China, que aparece na segunda posição com US$ 13,4 mil milhões.

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O mesmo estudo que buscou saber a opinião dos pesquisadores da área, realizado pela NYU (New York University) e divulgado no relatório de Stanford, também mostra que 73% concordam que a inteligência artificial poderá revolucionar a sociedade em breve. No entanto, a maioria dos pesquisadores acredita que as empresas privadas têm influência demais no setor. Por exemplo, em 2022, as companhias criaram 32 modelos de aprendizado de máquina relevantes, em comparação com apenas três produzidos pela comunidade acadêmica.

Ray Perrault, co-diretor do AI Index, disse à revista IEEE Spectrum que considera os resultados interessantes porque representam pessoas familiarizadas com o assunto. “Esses dados foram obtidos há quase um ano. Seria interessante vê-los agora, dado o que tem acontecido”, afirmou.

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O relatório ainda mostra que os governos estão cada vez mais interessados em IA. Análise dos registros legislativos de 127 países mostrou que o número de projetos de lei promulgados contendo “inteligência artificial” cresceu de apenas um em 2016 para 37 em 2022. Além disso, o montante de gastos relacionados à inteligência artificial pelo governo dos EUA aumentou cerca de 2,5 vezes desde 2017.

Grandes empresas como a Microsoft ou a Google defendem que os ‘software’ que simulam as conversações humanas (‘chatbot’) são um co-piloto ou assistente para os utilizadores em geral, mas muitos especialistas dizem que este tipo de tecnologia irá mudar muitas profissões, quer tornando o seu trabalho mais simples e rápido, substituindo empregados ou criando novas profissões.

C/Agências de notícias

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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