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Índia a caminho da Lua

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O seleto clube de nações que já conseguiram pousar na Lua está prestes a ganhar mais um integrante. A Índia deve pousar hoje o seu módulo de exploração lunar, após mais de uma década de preparação.

A sonda Chandrayaan-2 foi lançada da base espacial indiana em julho deste ano e deste então tem alterado sua órbita, fazendo com que ela fique cada vez mais próxima da Lua. No mês passado, sua trajetória estava tão alongada que finalmente adentrou a região no espaço onde a força gravitacional lunar supera a gravidade da Terra e desde então a sonda está presa gravitacionalmente à Lua. A partir daí o movimento é o inverso, encolher as órbitas sucessivamente até que ocorra o pouso controlado.

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O pouso é a parte crítica em que tudo acontece muito rápido e intervenções do comando levam intermináveis 2 segundos para serem processadas. Se a nave está descendo a uma velocidade de 50 km/h (o que é pouco), até que uma manobra seja iniciada a sonda já desceu quase 30 metros. Toda a sequência de pouso é automática com as manobras podendo ser corrigidas através da análise da situação pela própria sonda.

Para você ter uma ideia do risco, basta lembrar que recentemente uma iniciativa israelense falhou justamente no processo de pouso. A sonda Beresheet teve uma falha no acionamento de seus foguetes quando ela ainda estava a 14 km de distância. Eles permaneceram desligados até que a sonda chegasse a 150 metros de distância da superfície. Nessa altitude, os motores voltaram a funcionar, mas já era tarde demais, a Beresheet estava a 500 km/h e seus foguetes jamais conseguiriam freá-la para o pouso.

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A missão da Chandrayaan-2 vem na esteira da sua antecessora que teve como missão mapear a Lua à busca de depósitos de gelo, especialmente de gelo de água. Com os mapas da Chandrayaan-1 em mãos, a segunda missão foi planejada para ir um pouco mais além. A Chandrayaan-2 é composta por três módulos, o orbitador (a Chandrayaan em si), um módulo de pouso chamado Vikran, em homenagem a um dos idealizadores do programa espacial indiano e um pequeno jipe chamado Pragyan (sabedoria em sânscrito).

C/Globo.com

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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