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Encontrados restos mortais de “criança vampiro” do século XVII

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Foram encontrados os restos mortais de uma criança do século XVII, num cemitério polaco. O rapaz, que foi enterrado na aldeia de Pien e tinha entre os 5 e os 7 anos, teria sido enterrado de barriga para baixo, o que significa que era visto como um perigo para a comunidade.

“A posição do corpo pode sugerir que o falecido e a sua atividade após a morte eram temidos. Virar a face para baixo deveria fazer com que mordesse o chão, e não representasse uma ameaça para a população local”, lê-se num comunicado emitido pelos investigadores da Universidade Nicolaus Copernicus, na Polónia, responsáveis pela descoberta do cadáver.

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Segundo esses académicos, a criança estaria a utilizar aquilo que se acredita serem proteções “anti-vampiros”. Trata-se de um cadeado triangular, que seria usado para garantir que o corpo permanecia na sepultura. O objeto não era nenhuma novidade para os investigadores, uma vez que os mesmos já tinham encontrado um instrumento semelhante  no ano passado, num túmulo diferente. 

Em 2022 já haviam sido descobertos os restos mortais de uma jovem, numa zona próxima de Pien, com um cadeado triangular no dedo do pé, e ainda uma foice. Mas a descoberta destes restos mortais “vampíricos” não fica por aqui. 

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De acordo com Dariusz Polinski, chefe da investigação arqueológica, a sua equipa descobriu outras sepulturas incomuns no cemitério, que incluem várias crianças e ainda uma mulher grávida. Estas práticas funerárias, e a falta de informações sobre o local, levam agora a equipa de Dariusz a especular se o cemitério não seria especialmente destinado aos excluídos, ou melhor dizendo, àqueles que eram temidos pela sociedade da época.

Devido ao número de sepulturas atípicas, com vestígios de práticas estranhas, indicando que o falecido era temido, podemos supor que estamos a lidar com um cemitério de rejeitados”, explicou. “Estes localizavam-se longe de edifícios, fora dos muros da cidade, em pastagens e terrenos baldios.”

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C/Sábado

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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