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Doze estrangeiros degolados e decapitados num hotel em Palma

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Doze estrangeiros foram degolados e decapitados num hotel em Palma, distrito de Cabo Delgado em Moçambique, em mais um episódio sangrento de um conflito armado que se arrasta há vários dias. No terreno estão forças de segurança moçambicana e terroristas que tentam controlar a região.

Ainda não se conhece a identidade dos criminosos e nem das vítimas. Mas os autores deixaram um rasto de destruição, vandalizaram a unidade hoteleira e assassinaram 12 cidadãos estrangeiros que ali se encontravam, neste que é apenas um dos muitos ataques sangrentos registados em Palma.

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Numa reportagem divulgada ontem pela Televisão de Moçambique, um polícia destacado em Palma, Pedro da Silva Negro, deu detalhes sobre o que se passou: “O Amarula é um hotel que recebe muitos estrangeiros. Na altura dos ataques dos insurgentes, a maior parte dos estrangeiros pensou que o Amarula era o melhor sítio para se protegerem. E correram para aqui. A segurança existiu, mas os insurgentes conseguiram arrombar os estabelecimentos e tiraram 12 cidadãos de nacionalidade diferente”.

Questionado pelo jornalista da Televisão de Moçambique sobre a nacionalidade das vítimas, Pedro da Silva Negro respondeu que “é difícil saber”. O que ficou logo claro foi o modus operandi do ataque: os 12 estrangeiros foram “amarrados atrás” e “todos foram degolados”.

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O hotel Amarula acomodava, de acordo com a Televisão de Moçambique, trabalhadores de várias empresas que prestam serviços no Projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL) de Moçambique. Trata-se de um projeto – já adiantado – de construção de uma fábrica a ser instalada nesse mesmo distrito, na província de Cabo Delgado.

Foi anunciado como o maior investimento privado jamais feito em África, estimado em 17,5 mil milhões de euros e capaz de tornar futuramente o país no maior exportador de Gás Natural Liquefeito (GNL) do mundo.

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C/Observador.pt

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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