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Cimeira de Hanói: Trump e Kim não chegam a acordo sobre desnuclearização

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No segundo encontro entre os presidentes da Coreia do Norte e dos Estados Unidos, Washington almejou a desnuclearização, mas Pyongyang exigiu em troca a retiradas de todas as sanções ao país. Sem acordo, Donald Trump afirma que o objectivo é continuar a dialogar no futuro.

“Prefiro fazê-lo bem do que rápido”, disse o presidente norte-americano, após os EUA rejeitar a proposta de Kim Jong-un, que queria levantamento total de sanções. Por causa disso, a cimeira entre os líderes acabou mais cedo do que o esperado. Seul fala em “desilusão” com a cimeira.

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A agência de notícias Yonhap divulgou, entretanto, uma reação do Governo sul-coreano, que também considerou uma “desilusão” o facto de não ter sido alcançado um acordo, mas sublinhou que os dois países “fizeram mais progressos do que nunca”.

“Lamentamos que os presidentes Trump e Kim Jong-un não tenham conhecido chegar a um acordo total na cimeira de hoje”, diz o comunicado do porta-voz da presidência. “Mas também parece que eles fizeram mais progressos relevantes do que em qualquer outra altura do passado.”

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Yongbuon, o coração do programa nuclear

Uma das informações dadas por Donald Trump foi que Kim Jong-un estava disponível para encerrar a instalação nuclear de Yongbyon e esperava, em troca, conseguir o levantamento total das sanções. O problema é que os EUA só estão dispostos a fazê-lo em troca de uma desnuclearização total do país.

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O jornal sul-coreano, Korea Herald, aproveitou para explicar a a importância do Centro de Investigação Científica de Yongbyon e o que é que a concessão dos norte-coreanos significava.

Construída nos anos 60, a instalação nuclear tem vindo a crescer, tendo actualmente 50 quilos de plutónio, suficiente para produzir seis a dez bombas, e um inventário de urânio enriquecido de 250 a 500 quilos, que serviria para 25 a 30 dispositivos nucleares.

O cientista nuclear de Stanford, Siegried Hecker, que visitou o local quatro vezes, define Yongbyon como “o coração do programa nuclear” da Coreia do Norte, o que indica que esta era uma concessão significativa de Kim Jong-un. Só que, como alerta o investigador Ahn Jin-soo na mesma peça, “o Norte pode ter um local escondido onde acumula experiência” nuclear.

C/Publico.pt

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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