Mais uma figura internacional, neste caso do mundo mediático, foi vitima da Covid. Este Sábado foi anunciada a morte do apresentador norte-americano Larry King, uma das personalidades mais populares da televisão e da rádio do século XX. King, 87 anos, estava internado num hospital em Los Angeles com Covid-19 e o seu falecimento foi divulgado através de um comunicado da OraTV nas páginas oficiais de Larry King no Facebook e no Twitter.
“Nome histórico da TV e da rádio, reconhecível pelos inseparáveis suspensórios e pela voz rouca e sonante, Larry King não se considerava jornalista, apesar de ter chegado a apresentar noticiários. Manteve durante 25 anos na CNN um dos mais populares programas de entrevistas em todo o mundo, Larry King Live, onde estiveram entre 30 a 50 mil convidados”, escreve o jornal Observador.
Desde que se afastara da CNN, em 2010, relembra esse órgão, o famoso apresentador tinha passado a fazer entrevistas nos canais Hulu e RT America. Larry King Now e Politicking With Larry King foram os títulos dos dois programas produzidos pela OraTV, que ali manteve desde 2013 até ter sido hospitalizado no Cedars-Sinai Medical Center.
A capacidade de escutar com muita atenção o que lhe diziam os entrevistados, a rapidez de raciocínio e a presença imponente da sua voz valeram-lhe momentos confessionais e revelações em direto em muitas das entrevistas, conforme o citado jornal. Apesar da acutilância das perguntas, nunca adotou um estilo de confronto e raramente fazia perguntas difíceis, de acordo com o obituário do New York Times. O citado jornal lembra que Larry King entrevistou figuras como Bob Woodward e Dan Rather, Frank Sinatra, Madonna, Tina Turner, Michael Jackson e Prince, Edward Norton, Susan Sarandon, Clint Eastwood e Marlon Brando, Mike Tyson, Joan Rivers e Buzz Aldrin. Incluem-se nesta lita ainda todos os presidentes americanos desde Richard Nixon e também Slobodan Milosevic, Khadafi, Ahmadinejad, Gorbachev e o Dalai Lama, entre muitos outros políticos e líderes mundiais.
O histórico jornalista sofria de diabetes tipo 2, teve um ataque cardíaco e cancro do pulmão.
C/Observador.pt