O presidente do Conselho da Administração da Naviera Armas, proprietária do navio “Nôs Ferry Mar d´Canal, defendeu em um exclusivo Mindelinsite que a Enapor deve pensar em, urgentemente, construir duas rampas para ro-ro entre o terminal de cruzeiros, cuja primeira pedra foi lançada esta semana, e as já existentes no terminal de passageiros da cabotagem. Valdemiro “Vlu” Ferreira justifica esta sua afirmação dizendo que as estruturas actualmente existentes no Porto Grande em São Vicente mostram-se insuficientes para as operações inter-ilhas.
“Provavelmente, não seria uma má ideia aproveitar-se a logística que vai ser montada para a construção do terminal de cruzeiros, para fazer mais duas rampas para ro-ro”, indicou este empresário que, a pensar mais para o futuro, disse ainda que se deve pensar também na eventualidade de vir a ser possível construir um terminal de cruzeiros também no concelho do Porto Novo ou no outro lado da ilha de Santo Antão, talvez na Ponta do Sol. “A partir dali seria muito mais fácil colocar os turistas no centro dos três concelhos da ilha e, com isso, possibilitar mais oferta e mais vendas”, afirma Vlu, para quem este investimento iria multiplicar o número de escalas turísticas anuais em Cabo Verde.
“Ouro para a indústria de cruzeiros é ter destinos próximos”, assegurou Vlú que ontem acompanhou o vice Primeiro-ministro em uma visita ao navio Nôs Ferry Mar d´Canal, que se encontra no Porto Grande em São Vicente, “pronto para voltar a operar”. Olavo Correia mostrou-se satisfeito com os resultados da reparação desta embarcação que, afirmou, “está como novo”.
O navio, refira-se, passou por uma profunda reparação no estaleiro da Cabnave, e após um investimento de mais de 200 mil contos, que contou com aval do Estado em ¼ do financiamento, deverá começar a operar ainda este mês, “com mais conforto e segurança”, para ligar São Vicente/Santo Antão.
“Nesta visita pude felicitar ao sócio-maioritário da nova Companhia Marítima Nacional Santo Antão e São Vicente, proprietária do navio, o empresário Valdemiro Ferreira, o conhecido músico Cabo-verdiano “Vlu” pela ousadia”, declarou Olavo Correia, para quem os empresários são fundamentais para a construção do Cabo Verde que se quer.
“Quem faz as coisas acontecerem são as pessoas, são os talentos. A nós, Governo, cabe trabalhar para que o ambiente de negócios seja o melhor possível, para que seja fácil investir, empreender, correr riscos, para que seja fácil dar o contributo para o desenvolvimento sustentável de Cabo Verde”, vincou o VPM, que cumpre um extenso programa de visitas à instituições publicas e privadas e obras de referencias na ilha do Porto Grande e preside no final da tarde de hoje o encerramento do Fórum Pensar São Vicente 2035.
