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Economia

Sintcap acusa patrões de descartarem trabalhadores na ilha do Sal

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O Sindicato dos Transportes, Comunicações e Administração Pública afirma que o ambiente laboral que se vive no Sal é de inquietação e incerteza e denuncia que muitos patrões estão a escudar-se na pandemia para descartar trabalhadores com muitos anos de trabalho, muitos deles em situação de contratados por tempo indeterminado. Este sindicato fez estas e outras denuncias à imprensa, após a realização da sua primeira reunião ordinária do ano, em que fez o balanço do ano transato, analisou a situação laborar na ilha e aprovou as contas de 2021. 

O clima de medo, represália e intimidação no ambiente laborar é uma realidade e o Sintcap tem recebido várias denuncias e tem feito intervenções nestas situações. Há casos de denúncias de contratos de trabalho, para no dia seguinte os mesmos trabalhadores dispensados serem contratados para prestação de serviço”, acusa. 

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Apesar deste clima, a direcção do Sintcap diz congratular-se com alguns ganhos conseguidos, tanto em sede judicial como de negociação nas intervenções feitas. Informa que as Contas de 2021 e ao Plano de Actividades foram aprovados e que, não obstante o cenário adversos, conseguiu resultados positivos. “O ano de 2022 é especial para o Sintcap pois, em abril, completam-se 30 anos da sua criação. A direcção deste sindicato aprovou, no âmbito do plano de acção algumas atividades para comemorar esta dada, cuja programação será dada a conhecer oportunamente”.

Relativamente à situação da UNTC-CS, a direcção do Sintcap enfatiza que analisou com preocupação o que se está a viver e manifestou revolta por ter sido excluido de participar no 8o Congresso, marcado para o dia 9 de Março, alegadamente por falta de pagamento de quota de filiação. Este deixa no entanto claro que transfere, todos os meses, o montante de 15 mil escudos para a conta da UNTC-CS. 

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Lamenta, no entanto, que de forma “abusiva e unilateral”, a Secretaria-Geral tenha aumentado a referida quota do sindicato de 15 para 50 mil escudos/mês, um aumento na ordem dos 233%. “É evidente que a direcção do Sintcap não aceitou  e continuou a transferir os mesmos 15 mil escudos que pagava antes, estando a quota de janeiro de 2022 já paga. Por isso,  considera que tem a sua quota em dia.”

A direcção deste sindicato mostra-se ainda preocupada com a situação patrimonial da UNTC-CS, tendo em conta que desde 2016 na6o foram apresentadas contas e lembra que a SG não tem poderes estatutários para convocar o Congresso, pelo que esta não passa de uma “tentativa de golpe”  de Joaquina Almeida, que quer afastar os maiores e mais antigos sindicatos, que são os que estão verdadeiramente filiados na Central. 

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Por isso, caso o congresso se realizar no formato que está a ser organizado, garante,  vai unir forças com os demais excluídos para o impugnar. 

Foto: Inforpress

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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