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S. Vicente passa a ter voo direto desde Paris da Transavia

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A ilha de São Vicente vai passa a ter voo direto desde Paris da Transavia durante a época alta do turismo de montanha. Esta ligação directa e sem escalas começa em novembro deste ano e termina em abril de 2024, segundo comunicado de imprensa conjunta da Terres d’ Aventure, operador lidere do mercado de turismo de montanha em França, e do Nobai em S. Vicente.

O propósito, diz a nota de imprensa, é garantir a oferta de um voo charters entre Paris e Mindelo, que será realizado semanalmente (ao sábado), durante a época alta da procura de turismo de caminhada país. “A iniciativa vem facilitar a promoção do destino no mercado francês, o maior emissor de turistas de montanha no país, tornando os pacotes mais competitivos perante outros destinos semelhantes, já que o custo da viagem tem um peso relevante na oferta dos pacotes”, justifica. 

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Os operadores, Terre d’ Aventure e Nobai, informam ainda que os voos serão operados pela Transavia, uma parte dos lugares será reservado às agências e outra acessível à venda online para particulares. “O destino já está disponível nas ofertas na página da companhia”, refere, acrescentando que para as agências que operam no sector a falta de fiabilidade dos transportes entre as ilhas é o maior entrave para o seu crescimento, condicionando a oferta e promoção junto dos mercados emissores.

Esta posição é reforçada por Theo Lautrey, diretor da agência Nobai e representante da operadora Terres d’Aventure em Cabo Verde, para quem a falta de fiabilidade do transporte marítimo, tem obrigado a retirada de algumas ilhas das suas ofertas, como as ilhas da Brava e de São Nicolau. Outra dificuldade é verificada nos voos domésticos onde não é possível ter visível a escala e disponibilidade de voos. “A grande atratividade do país é a variedade das suas ilhas e paisagens e a possibilidade de mobilidade entre elas. Com maior confiança na oferta a nível do transporte doméstico, seria possível aumentar a oferta, o volume de visitas e de dormidas, permitindo que outras ilhas pudessem ser impactadas.”

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Além do transporte marítimo, para os que operam no setor do turismo de caminhada, a degradação dos caminhos vicinais em certas partes do país como outro motivo de preocupação, alerta, realçando que a sua não conservação poderá vir a ser um travão para o desenvolvimento da atividade. 

Defende ainda que, para o desenvolvimento do turismo de montanha, a oferta do prometido aeroporto internacional em Santo Antão não terá nenhum impacto ou interesse por parte dos operadores emissores de turistas, pois para esse segmento oferecer duas ilhas numa mesma viagem é uma mais-valia. Por outro lado, e a viagem de barco é um momento muito apreciado pelos turistas, afiança, lembrando que, sendo São Vicente a ilha onde nasceu e viveu Cesária Évora, eleva o seu potencial de interesse para o turista francês, país onde a artista era muito acarinhada.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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