Todos os produtos petrolíferos comercializados em Cabo Verde estão mais caros desde as zero horas desta quarta-feira. Os aumentos variam entre 2,95%, para o gasóleo, aos 7,26% para a gasolina, contribuindo assim para aumentar a inflação e, consequentemente, agravar as dificuldades económicas dos cabo-verdianos, que estão a ser fustigados quase que diariamente pelo agravamento generalizado dos preços. Entretanto, os salários continuam congelados.
De acordo com a nova tabela disponibilizada pela Agência Reguladora Multisectorial da Economia (Arme), a gasolina – que antes era vendida a 129,50 escudos -, disparou para 138,90 escudos o litro; o gasóleo normal aumentou de 138,80 para 142,90 escudos o litro (+2,95); o petróleo subiu de 152,50 para 158 escudos o litro (+3,61%); o gasóleo para electricidade de 129,80 para 133,80 escudos o litro (3,8%); o gasóleo marítimo passou de 108,60 para 112,10 escudos o litro (+3,50%).
Os preços do Fuel 380 e do Fuel 180 foram também actualizados para cima, sendo que o primeiro aumentou de 89,70 para 94,40 escudos/kg (+4,70%), enquanto o segundo passou de 94,60 para 99,40 escudos/kg (+4,80%). Entretanto, a par da gasolina, foi o gás butano que sofreu maior aumento, na ordem dos 5,92%. Com isso, o preço a granel do gás passou de 145,30 para 153,90 o quilo, uma diferença de 8,90 escudos. Na sequencia, a garrafa de 3kg foi reajustada para 439 escudos, a de 6 kg para 924 escudos, a de 12,5 kg para 1924 escudos e a de 55 kg para 8466 escudos.
Diz a Arme que esta atualização teve em consideração a Lei n.16/X/2022 de 30 de dezembro, que aprova o OE para 2023 e que alterou as taxas de Direitos de Importação (DI) e as de Imposto sobre o Consumo Especial (ICE) sobre a gasolina, o gasóleo e o fuel. O diploma, refira-se, aumentou a taxa de DI sobre a gasolina de 10 para 20% e manteve os valores do fuel em 0%, mas aplicou a ICE de seis escudos sobre o gasóleo e a gasolina.
“Quando comparado com o período homólogo, ou seja fevereiro de 2022, a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a um aumento de 10,26%. Relativamente a variação média ao longo do ano em curso, o acrescimento é de 2,22%”, clarifica esta agência reguladora, que evoca ainda a volatilidade nas cotações do petróleo Brent nos mercados internacionais para justificar estes aumentos, quando comparados ao mês de dezembro.
“Os principais motivos da subida dos preços do petróleo em janeiro têm que ver com a reabertura das fronteiras da China e a perspectiva de crescimento da sua economia acima do esperado, sinalizando o fim da política ‘zero covid’ e o aumento da demanda de petróleo a nível global, dado que se trata de um dos principais países compradores”, acrescenta a nota justificativa emitida pela Arme.
Os novos preços máximos dos combustíveis vigoram até 28 de fevereiro.
