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BCN distinguido pela International Bankers como melhor banco comercial de CV e destacado como 3. banco de maior importância sistémica pelo BCV

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O BCN foi distinguido este ano pela organização International Bankers como o melhor banco comercial de Cabo Verde em 2024 e considerado pelo BCV como a terceira instituição bancária de importância sistémica do país. Para o CEO Luís Vasconcelos, estes são reconhecimentos de instituições credíveis, que atestam o crescimento meteórico alcançado pelo Banco Cabo-verdiano de Negócios nos últimos oito anos.

Esta é segunda vez que o BCN foi reconhecido como o terceiro banco de importância sistémica em C. Verde, situando-se atrás da Caixa Económica e do BCA, mas, segundo Carlitos Fortes, o BCV passou a fazer essa avaliação de forma mais criteriosa a partir do ano passado. “No primeiro ano de avaliação fomos considerados um banco de importância sistémica e agora reforçamos o nosso peso, tendo crescidos 10 pontos na avaliação. Somos o banco que mais cresceu em importância sistémica”, esclarece o administrador executivo do BCN.

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Carlitos Fortes salienta que essa categorização acaba por representar uma responsabilidade tremenda para o BCN porque a sua actividade passa a ser acompanhada com mais rigor pelo Banco Central devido a relevância que passa a representar para o mercado.

Luís Vasconcelos, CEO do BCN, realça que o banco está ainda distante dos resultados da Caixa Económica e do BCA, “por toda a herança do passado, por serem as duas instituições que existiram em C. Verde até 1998”, mas sublinha que o BCN se afirma destacadamente como o banco mais relevante do sistema. “Somos o terceiro em termos de depósitos, de créditos e em número de balcões (passamos de 17 para 22 e estamos em todas as ilhas)”, elenca Vasconcelos, que enaltece o facto de o BCN ser 100% de capital cabo-verdiano e gerido totalmente por quadros nacionais.

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Oito anos após a sua aquisição, diz Vasconcelos, o BCN é hoje um banco totalmente negócio, com melhores resultados e mais solidez. Os dados atestam, conforme revelou essa fonte ontem em S. Vicente, que o banco atingiu os 719 mil contos de resultados em 2024, valores que representam um crescimento de 27% face a 2023. A carteira bruta de crédito, prossegue o gestor, teve um crescimento de 10%, enquanto os recursos dos clientes aumentaram 11 por cento. Por outro lado, a remuneração do capital assegurado aos acionistas deu um pulo de 14,3% e a rentabilidade dos activos alcançou os 1,8 por cento.

“Dispomos de 31.4 milhões de contos em depósitos, quando tínhamos pouco mais de 10 milhões de contos em depósitos quando compramos o banco. Isto significa que triplicamos esta dimensão em 8 anos, o que revela o nível da confiança do mercado no BCN”, frisa Luís Vasconcelos, acrescentando que o suporte à economia nacional concedido pelo banco ultrapassou os 28 milhões de contos, em finais de 2024. Relembra que essa disponibilidade ajudou as empresas a gerar riqueza e emprego e deu um enorme contributo na resolução do problema da habitação, já que boa parte do valor foi para compra de residências.

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Os dados revelados pelo CEO indicam ainda que o BCN representa praticamente 20% do total do crédito bancário concedido em Cabo Verde, quando em 2016 a parcela representava apenas 6 por cento. Salienta, deste modo, que, por cada cinco mil contos emprestados, mil são provenientes do BCN.

Em termos de liquidez, a empresa atingiu os 40%, mais do dobro, conforme esse citado gestor, daquilo que é a liquidez regulamentar. Luís Vasconcelos revela que os capitais próprios do BCN atingiram os 5 milhões de contos, quando eram “apenas” 1.4 milhões de contos. Este salto, segundo a mesma fonte, foi em parte impulsionado pela intervenção da seguradora Ímpar.

Quanto aos activos, passaram de 14 mc para mais de 40 milhões de contos, o que, conforme Luís Vasconcelos, torna o BCN inequivocamente no terceiro banco nacional nesta dimensão.

Outro ponto salientado é o crescimento do banco junto dos emigrantes. Luís Vasconcelos revela que a empresa saltou dos 3% de depósito das remessas para 18 por cento. Vasconcelos assegura que o banco vai manter uma atitude proactiva muito forte junto da diáspora, tanto assim que enviou uma delegação para Luxemburgo e os Países Baixos para contactos directos com os emigrantes.

O crescimento do BCN foi acompanhado do aumento dos funcionários, que passaram de 101 para 209, o que obrigou a empresa a quadruplicar a sua massa salarial. Segundo Vasconcelos, não há nenhum trabalhador do banco que não tenha garantido os 14 meses de salário e há casos em que chegam aos 16 meses, com a inclusão dos prémios de produtividade.

Questionado sobre a grande meta do BCN, Carlitos Fortes responde sem pestanejar: ser o melhor banco de Cabo Verde. Luís Vasconcelos reforça que, para atingir esse objectivo, a aposta passa pela digitalização. Salienta, aliás, que os bancos que não concluírem a sua digitalização dentro de 10 anos vão estar condenados ao fracasso.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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