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Técnico Edgar Dega: “A grande vantagem dos jogadores cabo-verdianos é que têm uma qualidade atlética muito boa”

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O técnico brasileiro Edgar Dega frisou ontem em conversa com o Mindelinsite que as crianças cabo-verdianas têm uma capacidade atlética impressionante e que, se forem trabalhadas no tempo certo, Cabo Verde pode ser uma potência em voleibol ou outras modalidades. Residente nos Estados Unidos, onde é treinador, Dega considera que são mais dotadas fisicamente do que as crianças e adolescentes brasileiros e norte-americanos. 

“A grande vantagem dos jogadores cabo-verdianos é que têm uma qualidade atlética muito boa. Se os meninos e as meninas começarem a aprender as modalidades desportivas mais cedo vão muito longe. Aqui reside o grande diferencial porque, no Brasil e nos Estados Unidos, uma criança de 15 anos já jogou uns cinco anos”, ilustra este formador do “campus de verão” do projecto Aminga, que decorre na escola salesiana de 5 a 11 de julho. 

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Segundo Edgar Dega, os alunos, apesar do seu baixo nível de conhecimento do voleibol, têm estado a mostrar um empenho satisfatório, sinal que começam a despertar paixão por esse desporto. Logo, para ele, se isso acontecer, o caminho fica mais facilitado para o trabalho subsequente dos técnicos nacionais. Terminado o campus, diz, caberá aos treinadores cabo-verdianos a tarefa de potencializar os ensinamentos e propiciar o “pulo do gato” da modalidade. E neste workshop, diz, tentou passar as técnicas usadas nos treinos nos Estados Unidos, considerado uma das grandes potências desportivas a nível mundial.

Para o técnico Heriberto Gomes, que tem acompanhado as aulas, o campus de verão está a ser bastante benéfico. “Esta é uma excelente iniciativa porque, além do desporto, os jovens estão a aprender informática, inglês e técnicas de meditação”, enfatiza o treinador do Atlético do Mindelo.

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Em termos desportivos, na perspectiva de Heriberto Gomes, este workshop poderia ser melhor, se os atletas já estivessem com mais capacidade técnica. Este evento, diz, vem demonstrar qual a importância de haver escolas de iniciação desportiva em S. Vicente nas modalidades de salão. “Estão cá alguns alunos da Escolinha do Farense e 3 alunos meus. Mas, no meu caso, eles ainda não têm o domínio das técnicas de base”, lamenta. Segundo Heriberto, se houvesse um trabalho de base mais consistente, este campus iria dar um impulso imediato enorme ao voleibol.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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