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Luís Fortes condena violência no play off de andebol e avisa que vai haver consequência

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O presidente da Associação Regional de Andebol de São Vicente condenou, em entrevista ao Mindelinsite, a violência registada no domingo no Polidesportivo de Oeiras, nos jogos das meias-finais dos play-off do campeonato regional, em que os atletas masculinos descambaram para a agressão física. De acordo com Luís Fortes, não houve fair play e vários jogadores vão ser castigados. 

“Os jogos foram tranquilos no feminino. Infelizmente, houve um grande desequilíbrio entre Amarante e Canal Vet, enquanto o Atlético derrotou o Batuque por 38/22. No Domingo, as partidas foram bem disputadas. Farense venceu Real Sociedade por 25/21, em masculino, e Atlético derrotou Farense por 24/19, no escalão feminino. Mas os atletas masculinos descambaram para a agressividade. Os jogadores perderam a cabeça”, desabafou. 

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Para este dirigente, os jogadores esqueceram que têm mais jogos e que a falta de fair-play é sancionada. “É claro que vai haver consequência. Esta violência não abona a favor do nosso andebol. O estranho é que a agressividade não foi provocada por nenhuma situação de arbitragem. Foi entre os jogadores, motivada pela rivalidade e desejo de estar na final. Estamos numa eliminatória a três mãos e, caso uma equipa vencer dois jogos, passa logo para a fase seguinte. A disputa pode ser renhida, mas o que não se aceita é a violência.” 

Questionado se a associação já liquidou as dívidas com os árbitros, situação que chegou a colocar em risco o play-off, Fortes limita-se a dizer que houve diálogo e que foi alcançado um entendimento com os árbitros. “Dependemos da transferência de recursos da Federação para pagar as nossas dívidas, mas ainda não temos nenhum sinal. A única informação que temos é que a FCA e o Instituto do Desporto e da Juventude já assinaram um contrato-programa. Esperamos que as verbas cheguem em breve às associações desportivas”. 

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Instado se os recursos provenientes da bilheteria não poderiam pagar a arbitragem, este esclarece que a assistência aos jogos tem sido fraca, pelo que o dinheiro arrecadado sequer cobre as despesas com a organização dos jogos. “Gerimos apenas a bilheteria do campeonato regional e os valores são irrisórios. São insuficientes para pagar a arbitragem e custear as despesas dos jogos. O pagamento é feito com recursos dos contratos-programas, com apoios da Câmara e patrocínios. Infelizmente, no meu mandato fomos apoiados uma única vez pela CMSV”, assevera.’’

Luís Fortes admite, no entanto, que, se a bilheteria do nacional  fosse gerida pela Associação, conseguiriam arcar com todas as suas responsabilidades. “Infelizmente esta verba é transferida na totalidade para Praia. Pelo menos é isso que acontecia com as federações anteriores. Entretanto, não sabemos o que vai acontecer nos próximos tempos porque há neste momento alguma abertura por parte do actual presidente para que se reveja a situação”, conclui o presidente da associação.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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