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Desporto

Equipas exigem da AASV calendário global das competições com urgência

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Técnicos de 4 clubes estão a exigir da Associação de Andebol de S. Vicente o envio imediato de um calendário global das competições previstas para esta época para poderem programar melhor os seus treinos. Segundo Jean Pierre, Antão Silva, Pedro Morais e Aquilino Fortes, até este momento os torneios vão-se sucedendo, mas sem que as equipas estejam seguras da data de cada uma provas agendadas. “Somos chamados de repente para os sorteios, mas sem sabermos ao certo se vai ou não haver jogos e quando. Fica difícil trabalhar desta forma”, critica o professor Jean Pierre, treinador do Liceu Ludgero Lima, que se mostra, no entanto, disponível para participar em todas as competições regionais.

De um modo geral, esta é também a percepção dos responsáveis do Batuque, Farense e Atlético do Mindelo, que ilustram essa situação com um encontro que tiveram recentemente com a Secretária da AASV. Segundo Pedro “PM” Morais, os clubes foram convocados para uma reunião e comunicados que deveriam fazer logo o sorteio para a Supertaça de S. Vicente. Conforme foram informados, os jogos iriam arrancar já neste Sábado, quando “ninguém” estava ciente da data desse torneio. “Acontece que as pessoas apresentam as suas críticas e depois fica-se com a ideia de que estão contra a Secretária da AASV, quando não é nada disso. Apenas queremos encontros entre a direcção da AASV e os clubes, e não com uma representante”, reforça PM.

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Segundo Aquilino Fortes, as competições foram interrompidas em Dezembro, houve um vazio comunicativo, pelo que os clubes não estavam cientes do início da Supertaça neste Sábado. Deste modo, pediram um adiamento para a próxima semana, que foi aceite. “Queremos um calendário de todas as provas, que pode até sofrer adaptação, consoante as necessidades”, salienta o técnico do Atlético do Mindelo, que se mostra ainda preocupado com o estado do piso do polidesportivo de Monte Sossego. Como explica, as janelas do recinto foram retiradas o que aumenta a quantidade de pó no chão. “O chão fica liso e dificulta os movimentos dos jogadores. Sabemos, por outro lado, que vão fazer obras de manutenção do piso por estes dias. Devem calhar no início da época e é claro que isso vai prejudicar o campeonato.”

Para Luís Fortes, presidente da AASV, as críticas não têm fundamento. Em primeiro lugar recorda que foi realizada uma assembleia-geral no dia 27 de Outubro, que teve como pontos principais a aprovação do relatório de actividades da época passada, discussão do plano de actividades para a presente temporada e a eleição do vice-presidente da AASV. Como realça, algumas pessoas não compareceram no encontro, além disso diz ter provas de manter uma “boa” comunicação com os clubes e a federação de andebol. “Desde o início apresentamos o nosso plano e temos vindo a cumprir. Os clubes sabem, e posso provar isso com os vários emails remetidos, quais as provas agendadas e sabem que assim que termina um torneio o outro começa na semana seguinte”, esclarece Fortes, realçando ainda que tem o hábito de reencaminhar os comunicados da FCA aos membros da AASV, pelo que cabe aos destinatários seguirem as informações emanadas dessas entidades. Mesmo assim, Luís Fortes prometeu reenviar os emails para que fiquem mais cientes daquilo que foi preparado para esta época.

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Campeonato renhido

No tocante ao campeonato deste ano, os treinadores do Ludgero Lima, Farense, Batuque e Atlético perspectivam uma disputa pelo título bastante renhida, principalmente no escalão masculino. Na opinião deles, a prova será discutida entre o Atlético, Farense, Batuque e Liceu Ludgero Lima, pelos sinais dados nos torneios realizados até agora. “Para mim, o Atlético continua a ser a melhor equipa, mas muita água vai rolar por debaixo da ponte até o término do campeonato”, prognostica Antão Silva, treinador/jogador do Clube Farense. Para ele, apesar da inexperiência da maior parte dos seus jogadores, o Farense poderá atingir a fase final dos play-off.

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Este é também o objectivo do Liceu Ludgero Lima, que quer acompanhar o Atlético para o nacional de andebol, enquanto segunda equipa da região de S. Vicente. Porém, Jean Pierre está ciente de que será difícil atingir essa meta. “As outras equipas estão bem preparadas, pelo que vamos ter de encarar cada jogo por si. É claro que, o facto de S. Vicente poder levar duas equipas para o nacional é um estímulo, e isso certamente que vai intensificar ainda mais o campeonato”, realça o técnico da equipa liceal, que está empenhado em melhorar a performance dos jogadores menos experientes que tem no seu plantel.

O Batuque perspectiva um campeonato masculino intenso, mas traçou também como meta atingir a final. E, chegando à final, dar o máximo para ultrapassar o último desafio. “Se chegarmos á final e defrontarmos o Atlético, estamos no campeonato nacional; caso contrário seremos obrigados a vencer quem nos aparecer pela frente. Mas estamos cientes de que é um desafio e tanto”, frisa PM.

O Atlético, segundo Aquilino Fortes, será o alvo a abater, pelo facto de ser o campeão em título, mas garante que a equipa está unida e preparada para os embates. Até o momento, lembra, o Atlético venceu todos os jogos disputados, sinal de que a equipa está a dar resposta aos desafios. “Conseguimos outros jogadores que vieram reforçar as nossas opções, por isso acredito que estamos preparados para o campeonato.”

No campo feminino, o Amarante, segundo o técnico Orlando Morais, vai lutar para revalidar o título. Na sua perspectiva, o desempenho da equipa nos torneios feitos até agora tem sido positivo. “Temos algumas jogadoras que precisam ganhar mais experiência, mas têm estado a mostrar garra nos treinos, o que é um bom indicador. Falta trabalhar o aspecto psicológico, mas penso que podemos atingir o nosso objectivo”, comenta Orlando Morais, para quem o campeonato será disputado entre o Amarante, Batuque e Atlético, as equipas mais experientes.

Porém, para PM, treinador do Batuque, ninguém deve subestimar o Farense, uma equipa jovem, mas que tem uma ou outra atleta experiente. Na sua opinião, o Farense pode não almejar o título, mas pode criar dificuldades às três principais candidatas.

Segundo o técnico Antão Silva, o Farense é uma equipa recém-formada, que quer lançar novas jogadoras, mas que está ciente das suas limitações nesta fase. O objectivo, assegura, é apenas competir e proporcionar o máximo de experiência às atletas.

Este ano, o campeonato masculino é disputado entre o Atlético, Batuque, Comando da 1. Região Militar, Cruzeiros do Norte, Farense e Liceu Ludgero Lima, enquanto a prova feminina envolve as equipas do Amarante, Atlético, Batuque, Cruzeiros do Norte e Farense.

Kim-Zé Brito

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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Um Comentário

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    Parece que os preidentes da Associassões regionais de S.Vicente (principalmente do futebol, se candidatam só para obterem a imagem de presidente duma associação, Necessidade de aparecer. Dopois, ao longo da época não se vê nada de inteligente. Mais seriedade e responsabilidade precisa-se.

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