Cabo Verde defronta a formação do Senegal esta tarde, mas com vários jogadores afectados ainda pela intoxicação alimentar. Até ontem, 18 elementos da comitiva cabo-verdiana estavam com sintomas de gastroenterite, como vómito e diarreia, sendo 14 deles futebolistas.
O quadro é de incertezas, ao ponto do técnico Bubista estar ainda em dúvida sobre o 11 titular que vai colocar em campo contra a poderosa equipa senegalesa.
O selecionar admite que tem sido difícil gerir a situação, mas mantém a esperança na recuperação de boa parte dos atletas para poder formar uma equipa competitiva, capaz de vencer a eliminatória, a contar para a oitava-de-final. “Temos ainda muitos jogodores desideratados, alguns com vómito e diarreia e temos de esperar até a hora do jogo para saber com quem podemos contar”, frisou Bubista em declaração à página informativa da FCF. O certo, adianta, é que vai ter de mexer no 11 titular que tinha em mente.
Devido a essa situação, que acabou também por afectar a seleção da Gâmbia, que está hospedada no mesmo hotel, Bubista afirma que todo o trabalho delineado até agora foi por água a baixo. Mesmo assim, assegura que os Tubarões-Azuis continuam com o foco na vitória. A sua esperança, no entanto, é que o quadro não venha a piorar porque, diz, esta tem sido a tendência.
O médico Humberto Évora confirma que vários atletas estão a ser medicados devido a essa intoxicação alimentar. “Temos enfrentado um período difícil. Primeiro conseguimos superar os casos de Covid-19 e a equipa já estava moralizada. Agora surge este surto de intoxicação e neste momento temos entre 10 a 12 jogadores com sintomas e a tentar a sua recuperação física para podermos defrontar o Senegal”, comenta esse especialista em medicina desportiva.
Segundo Évora, a seleção tem neste momento dois grupos de jogadores: os com e sem intoxicação. Os atletas afectados estão a ser medicados e a treinar com limitação devido a vómitos, diarreia e cólica abdominal. Mesmo assim, diz, os jogadores estão animados e tem a sensação que Cabo Verde fará um bom jogo esta tarde.
Origem ainda desconhecida
Ainda ninguém determinou a origem da intoxicação alimentar, que acabou por afectar os jogadores de Cabo Verde e da Gâmbia, que estão no mesmo hotel. Confrontado, Humberto Évora responde que não é fácil descobrir se o problema está na água, nos alimentos ou noutra situação.
Adianta, entretanto, que uma equipa médica camaronesa esteve no hotel, conversou com os técnicos, estes recolheram amostras para análise. Aguarda pelo resultado dos exames laboratoriais para saber o que se passou.