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Cultura

Jorge Humberto revela estórias por detrás das suas famosas composições, em concerto no CCM

O cantor Jorge Humberto revelou ontem à noite as estórias e peripécias por detrás de algumas das suas composições mais emblemáticas, nomeadamente “Mais um pintor”, “Botão d’rosirinha”, “Un oiobe n’ consola” e “Verdade contôde”, num concerto organizado pelo Centro Cultural do Mindelo. Por exemplo, contou ao público que muita gente pensou que ele foi vítima de perseguição por causa da canção “Verdade contôde nesse munde”, que interpretou pela primeira vez no concurso Todo Mundo Canta, devido ao teor bastante crítico da letra. Já a letra da música “Botão d’rosirinha” não lhe pertence e foi das pouquíssimas situações em que aceitou compor para outras pessoas.

Durante quase duas horas, esse compositor mindelense interpretou 15 músicas dos seus sete discos lançados até então no mercado, estabelecendo uma ponte de comunicação com o público. E antes de interpretar uma das suas tantas mornas e coladeiras tinha o cuidado de contar o “segredo” de cada composição.

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“Penso que foi uma boa viagem musical. Sinto que as pessoas gostaram porque o ambiente era cordial e intimista”, comentou Jorge Humberto assim que terminou o espectáculo. Ele que teve o cuidado de selecionar as músicas com o intuito de satisfazer a assistência. Assim, acabou por fazer uma lista de quinze das suas composições mais famosas, embora tenha deixado outras de fora. “É quase impossível interpretar todas as minhas músicas num único concerto porque são muitas.”

Jorge Humberto lançou o seu mais recente CD em 2016, com o título Novo Astral, um disco que “agradou ao público”, mas confessa que trabalha sem um manager, o que dificulta a exploração comercial das suas obras. “Como se costuma dizer, quem canta não pode assobiar ao mesmo tempo”, refere o músico, que pretendia colocar no mercado o seu oitavo álbum, mas teve de adiar essa estreia para 2020. Um trabalho ao seu estilo, “montado” sobre mornas e coladeiras, a sua praia. “Prefiro continuar na minha onda e não me aventurar para outros estilos”, frisa esse artista, que gosta de dar um concerto sempre que regressa a Cabo Verde. Desta vez contou com a ajuda do Centro Cultural do Mindelo.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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