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Tomás de Aquino acusa “segurança” da Secretária-Geral da UNTC-CS de impedir entrada de membro do Secretariado em reunião do órgão

O sindicalista Tomás de Aquino afirmou ontem que um segurança pessoal da Secretária-Geral da UNTC-CS impediu o colega Agostinho Silva de entrar numa sala da Universidade do Mindelo para participar num seminário e encontro do Secretariado Nacional dessa Central Sindical. Segundo o representante da União dos Sindicatos de São Vicente, Agostinho Silva veio da ilha do Maio para fazer parte do referido encontro, mas foi barrado por um alegado guarda pessoal de Joaquina Almeida, que tinha na sua posse uma lista com nomes de pessoas proibidas de participar nesse encontro. Para além de considerar essa atitude grave, Aquino considera estranho e inédito na UNTC-CS a contratação de um guarda para a segurança da Secretária-Geral. 

“Enquanto para alguns houve esse tratamento discriminatório de exclusão, para outros, os indefectíveis da Secretária-Geral, o tratamento foi completamente diferente”, denuncia Tomás Aquino, situação confirmada pelo próprio Agostinho Silva, membro tanto do Secretariado como do Conselho Nacional da UNTC-CS. Em conferência de imprensa, este dirigente sindical adianta que Joaquina Almeida não convocou e nem trouxe para o evento um outro membro do Secretariado residente na Boa Vista – alegando que o seu sindicato tem quotas em atraso – mas permitiu a presença de dois elementos do Sicotur do Sal e Staps da Praia, organizações que, adianta, não andam a pagar quotas há anos. 

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Segundo a citada fonte, o ponto-chave da ordem do dia da reunião do Secretariado era os preparativos para o oitavo congresso da UNTC-CS. Esta matéria, frisa, não podia constar da agenda e tão pouco ser discutida pelo simples facto de o Secretariado Nacional ser incompetente para o efeito. “O órgão competente é o Conselho Nacional, que ainda não foi convocado para agendar o Congresso. Logo, não faz sentido convocar uma reunião do Secretariado para discutir preparativos de um congresso que sequer foi convocado”, critica Tomás Aquino, para quem tudo isso é sinal de desordem, prepotência e abuso de poder da Secretária-Geral, que, diz, tem estado a gerir a UNTC-CS como se fosse sua propriedade pessoal.

Inconformado com o incidente ocorrido com Agostinho Silva, a exclusão de um membro da ilha da Boa Vista e pelo facto de o encontro ter na agenda os preparativos para o Congresso, Tomás Aquino acabou por abandonar a sala de reunião. Com a sua saída, assegura, o encontro ficou sem quórum. Explica que foram convocados 11 dos 13 membros do Secretariado, compareceram 8 e acabaram por ficar apenas seis elementos na sala. “De modo que, caso tenham prosseguido com a mesma deve ficar bem claro que qualquer deliberação ou decisão nela tomado será por nós considerada sem efeito”, salienta o responsável da USV.

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Para Aquino, o que Joaquina Almeida devia fazer era reunir o Conselho Nacional para ser este órgão a agendar o Congresso da UNTC-CS, encontro que, diz, não acontece há vários anos. No entender deste sindicalista, a realização da referida actividade na ilha de S. Vicente é só uma fachada para Joaquina Almeida dar a impressão que os órgãos da Central Sindical andam a funcionar, quando a realidade é outra.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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