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“Sokols” prepara nova manifestação para 5 de Julho: Movimento promete pressionar o ministro dos transportes para resolver o problema dos voos

O movimento Sokols pretende mobilizar a ilha de S. Vicente para uma nova manifestação no dia 5 de Julho. A proposta está sobre a mesa, mas ainda a organização cívica está a alinhavar a ideia. O certo, segundo Salvador Mascarenhas, presidente da organização, é que algo vai acontecer na cidade do Mindelo no dia da Independência Nacional. “Esta data não pode passar em branco”, assegura, em conversa exclusiva com o Mindelinsite.

Para Mascarenhas, S. Vicente continua a ter motivos para mostrar a sua insatisfação sobre o tratamento que vem merecendo do poder central. Na sua perspectiva, nada mudou, pois, apesar das promessas do Palácio da Várzea, a lógica da centralização continua intacta na sua essência e na prática. Por outro lado, acrescenta, S. Vicente continua a pagar uma factura elevada e vive cada vez mais sufocada com o descaso do Governo em relação às ligações aéreas: voos domésticos insuficientes, ausência da transportadora CV Airlines do aeroporto Cesária Évora e preços exorbitantes praticados pela TAP e a Binter. “E ainda temos de levar em conta o que está a acontecer com o transporte marítimo, cujo epicentro foi mudado da baía do Porto Grande para o Porto da Praia. Enfim, os sinais e as práticas mostram-nos que nada mudou e nem vai mudar com essa mania de centralismo doentio”, sublinha Mascarenhas, que traz ainda como exemplo a decisão do Governo de levar para o Parlamento a proposta de lei sobre o Estatuto Especial da Cidade da Praia, a fim de ser aprovada já no mês de Julho. Para ele, essa atitude é uma afronta às cidades periféricas, “já discriminadas até à exaustão”.

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Na perspectiva deste activista, chegou o momento de se pedir contas directamente ao ministério dos Transportes e da Economia Marítima, que está fisicamente instalado na cidade do Mindelo. “Acabou o estado de graça para o ministério dos Transportes e da Economia Marítima. Vamos passar a pressionar o ministro, que tem de resolver o problema dos transportes”, salienta Salvador Mascarenhas. Para ele, seria cordial um encontro entre o ministro José Gonçalves e elementos do grupo que representa, antes de partirem para medidas mais drásticas.

“É certo que o ministro tem de responder pelo estado calamitoso dos transportes em S. Vicente. Sabemos que no fundo não é ele quem manda, mas ele é o responsável governamental por esse sector. Ainda é bom recordar que ele ficou de resolver o problema da drenagem da água pluvial na enseada da Lajinha. Em vez disso, fica no ar um jogo de responsabilização entre o Governo, a Câmara de S. Vicente e a Enapor. Já estamos cansados, pelo que o nosso foco de pressão agora passará a ser o ministério”, assegura Mascarenhas, que adiantou estes dados ao Mindelinsite depois de Sokols ter organizado Sábado passado um debate com o jurista Amadeu Oliveira sobre os efeitos da “não-justiça” em Cabo Verde.

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No âmbito das suas actividades, os “falcões do Mindelo” vão promover um novo debate, agora sobre os modelos de autonomia. É que, para o movimento cívico, a Regionalização Administrativa, que esteve a ser votada na Assembleia Nacional, não serve as pretensões de S. Vicente. Pelo contrário, diz, a lei foi preparada para fortalecer a hegemonia da ilha de Santiago. O foco agora, diz Salvador Mascarenhas, é a autonomia.

Kim-Zé Brito

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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7 Comentários

  1. Povo d’Soncente ka tem nada ver ma stória de Cabo Verde Airlines, povo ka tem dnher nem visto pa viaja, no ka ta luta pa burgues podê passa fds na Portugal, Sokols bsot ta concentra na luta pa nos tud !

  2. Sokols! Nô divia preocupá era quess estatuto especial quês tita forçá pa Praia.
    Êss ê que ê um abuso e um insulte pa pove de cabverd.

  3. Exigir sim e nos direit, Manifesta sim.
    Infelismente o que t parce ma politicos q t estot nem ai p o que Povo t exigi.
    E p mim o que Povo t sinti na pel e subida gas tud Mes e Salario nunca sbi ,e outra coisa que ja ja t bem estot na ordem do dia
    e ess questao de matricula de nos fitch e t ba p escola secundaria, onde que es la de Praia Ministerio de Educacao cria ess tal de agrupamentos escola onde que ja Pais ja catem nem opcao p escolhe escola que bo t ba matricula bo fitch q bo pari.
    Boa iniciativa sim Sokols ma mim grinhecim ess que nha reivindicacao.Era bom pais sei ne rua p ess reivendicacao li tb.
    Mim se um bai ess que nha preocupacao.

  4. quem manda na PRAIA SAO FILHOS DE SAO VICENTE E SANTO ANTAO.,
    A unica maneira de perturbar os que governa cabo verde é a greve GERAL EN SAO VICENTE ; Eu sou imigrante e nao quero que meu dinheiro seja utilizado para desenvolver so PRAIA sabendo que as autras ilhas estao sofrendo derivado erros dos incompetentes governantes cabo verdianos.
    statudo espicial para Praia = melhor parte do bolo para uma so ilha

  5. Ôi Silva!
    Acho que, ou foi uma força de expressão da tua parte, ou foi uma basofaria impensada, ou estás completamente fora deste país, quando dizes que quem manda na Praia são filhos de Santo Antão e S.Vicente (o que aliás seria muito mau).
    Na verdade, actualmente, chegamos a uma situação tão absurda em Cabo-verde, que:
    a) quem manda na Praia, são os praienses;
    b) quem manda em Cabo-verde, são os praienses;
    c) quem manda no governo, são os prienses;
    d) quem manda no Parlamento, são os praienses;
    e) quem manda nos partidos políticos, são os praienses. (o PAICV e o MPD de há muitos anos a esta parte, se foram transformando em duas marionetes nas mãos duma elite de Santiago);
    f) quem manda nas instituições públicas, são os praienses;
    g) quem manda na opinião pública através dos órgãos de comunicação social do Estado (particularmente a TCV), são os praienses;
    As gentes das outras ilhas, quando são colocadas num lugar, é só para fazer paisagem, para poderem nos enganar que somos um país democrático e de todos.
    Mas cuidado porque, se for uma instituição considerada sensível, com alguma importância fundamental principalmente para a distribuição de riqueza, é impossível ser colocado alguém de outra ilha.
    É para assegurar, aprofundar e legitimar tudo isso mas, com garantias de legalidade, é que estão atrás desse Estatuto Especial.
    Mas há gente de outras ilhas que continuam a acreditar ou a deixarem-se convencer com o drama teatral duma capital que tem custos de capitalidade que só se resolvem com esse estatuto
    Só que, se repararmos com atenção, a maior parte dos países do mundo não têm o dito estatuto.
    Ele só existe no caso de situações especiais.
    Mas há mais!
    É que essa afrmação de “custos de capitalidade”, feita assim dessa forma descontextualizada, também é uma abordagem de conveniência, insuficiente, superficial e distorcedora do assunto.
    E é isso que convém a quem quer esse estatuto a todo o custo.
    Impressionar-nos, Impregnar-nos, embebedar-nos e amedrontar-nos com o slogan sobre o drama dos “custos da capitalidade”.
    Um caso especial que obviamente só deveria acontecer como disse, com a presença de situações especias.
    Por exemplo, Angola, onde por causa duma longa guerra civil, as populações tiveram que migrar massivamente para Luanda. E Luanda teve que suportar tudo a bem do país todo, fazendo neste caso sim, todo o sentido um Estatuto Especial.. É A SOLIDARIEDADE NACIONAL.. “Fez pelo país e o país faz por ela”!!!
    Já em Cabo-verde, essa migração para Praia, é resultado do modo como os sussessivos governos vêm gerindo o país, entendendo que por ser a capital, Praia forçosamente teria direito a ser objecto dum crescimento diferenciado relativamente às outras ilhas.
    Se tal não acontecesse, seria uma humilhação para a Praia e quiçá, para o país – hão-de pensar.
    E acharam que a maneira mais fácil, rápida e eficaz, num país sem outros recursos para o conseguir, seria através de medidas que conduzissem inevitavelmente a uma migração desenfreada para a capital.
    E que depois, as próprias consequências e problemas resultantes dessa migração (saneamento, construções clandestinas, insegurança, etc, etc, etc), viriam a ser usados como argumentos dramáticos e aparentemente de legítimidade intocável, para se exigir um estatuto especial.
    Note-se por exemplo, que a maneira mais justa para todo o país, para se resolver esses problemas da Praia, é a regionalização mas, dela, não querem nem ouvir falar.
    Com a regionalização, diminuiria a intensidade do fluxo migratório para Praia e com isso, Praia se tornaria mais gerível mas, sem necessitar de exigir tantos recursos, nem estatuto.
    Ao mesmo tempo e pela mesma razão, as outras ilhas retomavam o seu curso normal de desenvolvimento.
    Ou seja:
    A estratégia, é criar e fomentar a necessidade de recursos, para depois poderem, com aparente e enganosa legitimidade, pedir todos os recursos, quanto a sua vontade desejar.
    E por isso, nada melhor do que colocar tudo isso a coberto duma lei de estatuto especial.
    MAS, QUAL O VERDADEIRO PORQUÊ NA VERDADE???????
    Porque o presidente da Câmara da Praia está a precisar de Teleféricos, de Tunéis, de ter o maior festival, as maiores equipas desportivas, o maior carnaval, porque senão, Praia não se sente completamente na pele duma capital.
    E se possível, que seja tudo antes do tempo natural. Antes do crescimento e do desenvolvimento natural.
    Tem de ser tudo forçado e precipitado.
    Para terminar, ainda é importante esclarecer que o que eu acabo de descrever aqui, É SÓ UMA PONTINHA DE UM DOS MUITOS ENORMES “ICEBERGS” que já foram construídos nestes curtos anos da nossa independência.

  6. Muito bem falado. Senhora Marina, os professores deveriam unir com os pais e pressionar o Ministerio de Educacao.
    Pois os Ministerios nao escutam os professores, mas o Sindicato que deveria proteger os profesores.. nao estao nem ai.

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