Sócios apresentam abaixo-assinado contra plataforma sindical: “Decisão arbitrária e unilateral”
Um grupo de sócios do SINTAP, SICS e SIMETEC apresentou esta manhã um abaixo-assinado em São Vicente contra a plataforma que visa supostamente resgatar a UNTC-CS, constituída por doze sindicatos. Esses elementos pedem aos presidentes das organizações sindicalistas que recuem na decisão de aderir a essa iniciativa. Mostram-se em consenso com as declarações da presidente da UNTC-CS, na Cidade da Praia esta semana, pois defendem que os estatutos não reconhecem tal plataforma e que esta foi formada sem se ouvir “a parte mais interessada”, os trabalhadores.
“Fomos confrontados através dos órgãos de imprensa com declarações do presidente do SIMETEC, como porta-voz, da decisão de que os sindicatos de São Vicente aderiram à plataforma de sindicatos filiados na UNTC-CS”, expõe Baltazar Oliveira, membro do Sintap.
Devido a decisão anunciada por Tomás Aquino Delgado da criação de um espaço próprio para “resgatar” a UNTC-CS, estes sindicatos questionam a identidade e legalidade dessa iniciativa, assim como a motivação dos pormenores por detrás dela e a razão que levou os promotores a avançarem sem ouvir os sócios dos sindicatos. Desta forma dizem-se enganados, ignorados e defraudados nas suas expectativas sindicais, por reconhecerem que pertencem apenas à UNTC-CS, e a nenhuma outra plataforma.
À revelia, Camilo Silva (SIMETEC), Baltasar Oliveira (SINTAP) e António de Pina (SICS) acreditam que os próprios presidentes não possuem a legitimidade para decidirem sobre o futuro dos sindicatos sem ouvir os associados. “Os sindicatos são pertença dos trabalhadores e não dos presidentes. É ilícita a decisão dos presidentes, que peca por ser arbitrária e unilateral ao anunciarem o destino dos sindicatos sem auscultarem os associados”, expõe estes sócios. Através do porta-voz Baltasar Oliveira pedem respeito, já que dizem pagar as quotas que suportam o funcionamento das organizações, o salário e gratificações dos presidentes e de reformados que, diz, mensalmente continuam a auferir do dinheiro dos trabalhadores.
Sidneia Newton