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SN Turismo: Conhecer e explorar a natureza é a grande aposta de São Nicolau

A ilha de São Nicolau está a dar os seus primeiros passos no desenvolvimento de uma oferta turística de natureza, nomeadamente de caminhada, aliada à promoção dos lugares e da sua gastronomia. Uma aposta na promoção do turismo, mas também na economia da ilha.

Nesta óptica foi criada, há cerca um ano e oito meses, a Associação de Turismo de São Nicolau (SN Turismo), tendo em vista a organização da actividade turística na ilha e dos pequenos operadores turísticos como guias, donos de pensão e hiaces, entre outros que, segundo o presidente da associação, Arnaldo Felisberto, ainda estão a uma certa distância dos operadores de outras ilhas. No entanto, estão conscientes dessa realidade e com ambição de crescer mais. “O principal objectivo é fazer com que São Nicolau tenha também a sua cota parte no turismo de Cabo Verde. O país aposta no turismo e, se nós não fizermos também essa aposta em São Nicolau, isso significa que vamos ficar de fora”, explica.

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Segundo Arnaldo Felisberto, São Nicolau possui potencialidades para um turismo totalmente diferente, assim como o próprio país apresenta condições próprias em todas as ilhas. Logo, a ideia é oferecer um produto diversificado. Actualmente, a ilha recebe cerca de 1500 turistas por ano. “Não é muito”. Entretanto, de acordo com essa fonte, não se está a pensar num turismo de milhões. Admite, no entanto, que será muito bom se conseguirem duplicar ou triplicar esse número, oferecer um turismo de grande qualidade, e possibilitar o crescimento desse sector.

“São Nicolau, no seu todo, é uma oferta turística de grande qualidade. Estamos a preparar um projecto que se chama Caminhar (Walk it Saninclau), não porque seja a única oferta que temos aqui, mas porque a principal actividade do turista que visita São Nicolau, ainda, é caminhar. Portanto, estamos a apostar no trekking e num turismo de natureza, sem esquecer outros componentes como a cultura, a gastronomia, o mar…”, explica.

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Por outro lado, as estatísticas mostram que a população de São Nicolau está a diminuir ano após ano. O objectivo da associação é actuar também neste sentido, para que o turismo possa fixar os jovens na ilha. A associação está a trabalhar em parceria com as câmaras municipais da Ribeira Brava e do Tarrafal e com outros parceiros como a cooperação luxemburguesa e o fundo do turismo.

“SN é a ilha com maior rede de caminhos vicinais de CV”

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O Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, Pedro Morais, enfatiza o trabalho que a Associação de Turismo de São Nicolau vem desenvolvendo com o turismo de caminhada. “São Nicolau é a ilha que tem maior rede de caminhos vicinais de Cabo Verde, construídos porque não havia transporte. Hoje estão todas limpas e reabilitadas para que as pessoas possam fazer turismo, conhecer as rotas, localidades e levar daqui de São Nicolau uma imagem diferente. É este potencial que nós temos. Um turismo de alto valor acrescentado”, explica.

 Pedro Morais avança ainda que se está a trabalhar no segmento do turismo desportivo. Para ele, a floresta do Monte Gordo é um sítio que possui uma grande potencialidade para a prática da corrida de montanha, parapente, ciclismo de montanha, entre outras actividades. Neste sentido, avança o presidente, vão ser colocados pontos de água em todas a floresta, que possui uma densa biomassa, com locais quase impenetráveis, apesar dos trilhos já existentes.

Carnaval também como produto turístico

Outro grande produto a oferecer para o turista que visita São Nicolau, segundo Pedro Morais, é o Carnaval, um evento popular com as suas particularidades históricas, os quais, diz, a ilha tem o dever de preservar. “Em termos logísticos ainda não somos capazes de sustentar todas as pessoas que nos querem visitar pelo Carnaval, portanto temos que começar a trabalhar afincadamente para poder arranjar estruturas, trazer mais pessoas e gerar mais economia”, explica o edil.

Aliado ao Carnaval, a ilha oferece o produto de regresso às origens, que visa promover a gastronomia de S. Nicolau, através dos pratos tradicionais que, para Pedro Morais, estão a tornar-se num produto de marca, que movimenta o próprio turismo interno.

Natalina Andrade (Estagiária)

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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