Trabalhadores da UTA iniciam greve de dois dias e paralisam aulas na universidade
As aulas estão paralisadas na Universidade Técnica do Atlântico devido a adesão da totalidade dos professores a uma greve de dois dias, iniciada esta manhã. Segundo o sindicalista Luís Fortes, além dos docentes, cerca de 80 por cento dos outros funcionários também resolveram suspender os seus trabalhos.
“Alguns alunos juntaram-se inclusivamente aos professores, que estão concentrados à porta do estabelecimento”, assegurou o secretário do Sintap. Fortes explica que cumpriram a ameaça de greve porque a Reitoria da UTA negou cumprir alguns pontos do caderno reivindicativo.
Especifica que não foi constituído o Conselho Geral – órgão estatutário considerado essencial -, a reitoria negou arquivar um processo disciplinar, foi enviado uma lista de transição dos trabalhadores da UniCV para a UTA que, segundo Fortes, é inválido porque esse procedimento deve primeiro aguardar a aprovação dos Estatutos, o que ainda não aconteceu… Quanto aos Estatutos, informa que a reitoria encaminhou ao sindicato um draft ontem à noite, mas que ainda está incompleto.
Confrontado com a opinião da reitora Raffaela Gozzelino, segundo a qual não há perseguição na UTA e não há motivos para a greve, Fortes diz considerar isso normal, pelo facto de a sua gestão estar em causa. Devido ao incumprimento de boa parte das exigências explícitas num caderno reivindicativo, os professores e não-docentes resolveram concretizar a greve, concentrando-se com cartazes em frente à escola na Ribeira de Julião. Amanhã os funcionários devem manifestar-se à entrada da Reitoria, no Madeiralzim. Segundo Luís Fortes, os trabalhadores vão continuar a pressionar a reitora até conseguirem os seus objectivos.