Presidente da LCCC satisfeita com retoma da “caminhada rosa” em SV: Continuar a luta contra o cancro da mama
Os mindelenses retomaram hoje a tradicional “caminhada rosa”, dois anos após a suspensão dessa actividade devido a Covid-19, numa adesão que deixou satisfeita a presidente da Liga Cabo-verdiana Contra o Cancro. Como enfatiza Conceição Pinto, essa passeata, que é o culminar de um mês repleto de actividades pensadas para promover o combate ao cancro da mama, só aconteceu porque a situação da pandemia da Covid-19 foi controlada. Porém, lembra, o vírus ainda não foi eliminado. Por este motivo acha que a quantidade de pessoas presentes na caminhada foi a ideal para não possibilitar fortes aglomerações.
Questionada sobre a incidência dos casos do cancro de mama em S. Vicente durante a pandemia, a presidente da LCCC diz que esses dados estão na posse do Hospital Baptista de Sousa, que faz o tratamento dos doentes. No entanto, adverte que a tendência mundial continua a apontar para o surgimento de mais pacientes afectados pela doença. Esta realidade, aponta, tem como factores o aumento da esperança de vida da população, práticas pouco saudáveis… Entretanto, por aquilo que sabe, as limitações impostas pela pandemia provocaram uma diminuição da procura dos centros de saúde para despistagem desse câncer.
Durante outubro, diz Conceição Pinto, a Liga esteve nas empresas e escolas de S. Vicente e também na ilha de S. Nicolau fazendo o seu trabalho de sensibilização que, acrescenta, se entende ao longo do ano. Um dos parceiros dessas actividades foi a Região Tour, que, segundo Cau Fortes, ajudou a Liga nas feiras de saúde, venda de souvenirs e na deslocação feita à ilha de S. Nicolau.
Na sua perspectiva, foi um ótimo sinal a retoma da “caminhada rosa”, que culminou com a habitual aula de ginástica na praia da Lajinha, mas acha que este não é o momento de se baixar a guarda e permitir novas infeções pela Covid-19. Na perspectiva de Cau, “outubro rosa” já conquistou terreno em S. Vicente, pelo que é preciso agora fazer a mesma trajectória com “novembro azul”, dedicado ao cancro de próstata.
