Presidenciais: JMN considera apoio do PAICV um “importante contributo no reforço da dinâmica da sua vitória em construção”
O candidato à Presidente da República José Maria Neves afirmou hoje em conferência de imprensa proferida na Capital que o apoio do PAICV à sua candidatura é um importante contributo no reforço da dinâmica da sua vitória em construção. Para este candidato presidencial, o apoio expresso do PAICV é “muito honroso”.
Segundo JMN, a candidatura presidencial é, nos termos da Constituição, suprapartidária, devendo o presidente ser o arbitro e moderador do sistema político e garante da unidade nacional. “Os partidos políticos são muito importantes para a democracia representativa, desde logo porque são pilares do Estado de Direito Democrático e têm, como escreveu Norberto Bobbio, um pé no Estado e o outro pé na sociedade civil, mas também porque desempenham, de entre outras, importantes funções políticas, pedagógicas e representativas. É nesta linha que valorizo o papel dos partidos e o seu contributo plural para a consolidação das liberdades e da democracia” , explica
No seu caso em particular, afirma, a sua candidatura é de todos os quadrantes políticos e sociais. Neste sentido, prometeu ser o Presidente de todos os partidos políticos, de todas as ilhas e das comunidades da diáspora. “Pretendo fazer uma campanha elevada, que respeita escrupulosamente as regras sanitárias, de debate de ideias e de propostas sobre o exercício da Presidência da República”, referiu, realçando que tem uma “confiança inabalável nos cabo-verdianos e, por isso mesmo, espero ganhar as eleições presidenciais de 17 de Outubro”.
Os argumentos desta candidatura, assegura, estão voltados para os desafios do presente e do futuro e estão sintonizados com os sentimentos e as aspirações dos cabo-verdianos, nas ilhas e na diáspora. Neste sentido, adverte, a pós pandemia constitui um importante repto à sociedade. “O aumento considerável da divida e do deficit, a falência de empresas, a redução do ritmo de crescimento económico e o aumento do desemprego e das desigualdades são questões que devem merecer a maior atenção do PR.”
Como prioridades, aponta a vacinação e a reconstrução do país na pós-pandemia serão as suas prioridades, o apoio a empresas em dificuldades, o emprego, a habitação, o combate à pobreza, às desigualdades e à exclusão social, a reforma e modernização do Estado e da Administração Pública. Ainda: as questões ambientais, a transição energética e digital, a qualidade do ensino e da formação profissional, a melhoria dos serviços da saúde e o empoderamento das famílias, concretizadas em cooperação com o Governo.
JMN volta a criticar a excessiva partidarização da administração publica e de todo o espaço publico, dizendo trata-se de um mal que deve ser extirpado, abrindo espaços a concursos públicos de ingresso e a não discriminação das pessoas por razões político-partidárias, aliás, nos termos dos comandos da Constituição da República. E diz esperar que a comunicação social se abra a novidades nas campanhas eleitorais, designadamente através de mais debates entre os candidatos e de tratamento isento e objetivo das candidaturas.
Das entidades públicas, diz esperar isenção e tratamento igual a todas as candidaturas a Presidente da República, augurando que as eleições sejam jornadas pedagógicas e cívicas e que contribuam para o reforço do Estado de Direito Democrático e para a aceleração do processo de transformação e de desenvolvimento sustentável de Cabo Verde.
