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Vereadores da UCID e do PAICV “chumbam” contas de gerência da CMSV referentes a 2020

As contas de gerência da Câmara de S. Vicente referentes ao ano 2020 foram chumbadas na sessão extraordinária do dia 27 de maio pelos três vereadores da UCID e dois do PAICV. A informação, que ainda não foi tornada pública, foi confirmada ao Mindelinsite pelo vereador Albertino Graça (PAICV), para quem a reprovação desse instrumento de gestão pode criar uma situação melindrosa à CMSV. “Quanto muito, a informação deve ser remetida ao conhecimento do Tribunal de Contas”, defende Graça, adiantando que a lei é omissa quanto às consequências para o presidente da municipalidade nessa situação. 

Na opinião deste vereador, o documento só deve ser enviado para a Assembleia Municipal depois de ser aprovado pela vereação. Este não vê motivos plausíveis para a AMSV ir apreciar um instrumento que sequer passou no crivo dos vereadores.

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Várias razões estiveram por trás da decisão dos vereadores da “oposição”. Conforme apurou este jornal, as mais fortes têm a ver com o paradeiro das “doações” provenientes das vendas de terreno, saldos negativos recorrentes, contratação excessiva de pessoal nas vésperas das eleições, falta de contas trimestrais e o chamado “saco azul”. Trata-se de uma rubrica denominada “outras despesas” que, dizem as nossas fontes, apresenta “montantes avultados”, mas sem os devidos justificativos. “A rubrica ‘outras despesas’ é um grande problema, pois não tem rosto”, comenta Albertino Graça.

Segundo esta fonte, os vereadores do PAICV e da UCID ficaram à espera que Augusto Neves solicitasse um novo encontro para reanalizarem as contas, mas isso nunca aconteceu. Em vez disso, salienta, o edil convocou a vereação para uma nova sessão amanhã e o ponto referente à contas de gerência não consta. O encontro de amanhã será para os vereadores darem o seu contributo para a elaboração do plano de actividades e o orçamento.

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Este jornal abordou um dos vereadores da UCID, mas este evitou fazer pronunciamentos neste momento. Este órgão tentou ouvir o edil Augusto Neves, mas tal foi impossivel, pelo que o Mindelinsite fica aberto a falar com Neves sobre o assunto, caso ele assim entender.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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