Legislativas: MpD apela ao reforço das medidas sanitárias a todos os partidos devido ao aumento da Covid-19
A direção nacional da campanha do MpD decidiu esta manhã “sugerir e apelar” a todos os partidos concorrentes às eleições legislativas para reforçarem as medidas sanitárias e salvaguardarem a saúde pública, devido ao aumento exponencial dos casos de Covid-19 em Cabo Verde. A partir da cidade do Mindelo, Rui Figueiredo enfatizou que o gráfico da contaminação voltou a subir nalguns concelhos do arquipélago e lembrou que as ações de campanha no terreno tendem a provocar ajuntamentos, ainda mais nesta recta final. Apesar disso, diz que não há ainda nenhuma evidência sobre o impacto directo das ações políticas no recrudescimento das infeções.
“Esta pandemia não tem a ver com a campanha, mas sabemos que as aglomerações podem fazer aumentar os casos. Da parte do MpD estamos a dar directivas claras às nossas direções locais para limitarem o número de pessoas nos ajuntamentos e comícios no máximo para 300 pessoas sentadas, com distanciamento e uso obrigatório de máscara e álcool-gel”, acrescenta Figueiredo.
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Questionado se este apelo não vem tarde, quando já faltam escassos dias para o término da campanha e após várias críticas da própria sociedade civil sobre o comportamento dos candidatos, o porta-voz do MpD afirma que o seu partido sempre teve essa postura, isto é, de alerta. “Infelizmente, nem sempre podemos controlar a dinâmica das campanhas, mas, perante a constatação de que tem havido alguma aglomeração excessiva, demos instruções para se evitar isso nestes últimos dias”, diz Figueiredo, que não soube precisar se tem surgido casos de militantes ou activistas do MpD infectados com o vírus da Covid-19 devido as campanhas. Admitiu, no entanto, essa possibilidade.
Apesar das imagens que comprovam grandes aglomerações nas campanhas sobretudo do MpD e do PAICV, Figueiredo diz que não há ainda qualquer evidência de que o aumento dos casos de Covid-19 em Cabo Verde tenha uma relação directa com essas ações políticas. Aliás, sublinha que, a haver, os casos ligados à campanha só virão à tona depois deste período.