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Covid-19: Detectado anticorpos nos familiares da paciente chinesa

Foram detectados anticorpos nos familiares da paciente chinesa, o primeiro e único caso confirmado do novo coronavírus em São Vicente. Esta informação foi avançada pelo Director Nacional da Saúde, Artur Correia, para quem há grandes chances desta mulher ter sido contaminada dentro de casa. 

De acordo com Artur Correia, foram feitos testes específicos a familiares da paciente de nacionalidade chinesa que detectaram a presença de anticorpos do covid. Isto significa que estes, apesar de neste momento não estarem positivos, tiveram contacto com o vírus. “Estes resultados nos mostram que o vírus circulou entre os familiares. E pode estar ali a origem da contaminação. É uma hipótese com grandes chances de ser verdade”, explicou. 

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Questionado então se há possibilidade do vírus estar a circular na ilha de S. Vicente, este garantiu taxativamente que não. Aliás, lembrou, os vários testes feitos aos contactos directos e indirectos deram sempre negativo. “As evidências mostram que o vírus estaria confinado na família. Toda a investigação feita até agora sustenta esta possibilidade. E já fizemos dezenas de testes à volta deste caso e até hoje os resultados foram sempre negativos”.

Este responsável esclarece, no entanto, que há uma grande percentagem de pessoas assintomáticas, pelo que, pelo menos por enquanto, não se pode ter 100% de certezas relativamente a este caso. “Os próximos dias dirão se o vírus ficou confinado à família da doente. Vamos esperar para ver.”

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Incertezas na Boa Vista

Já sobre as notícias vindas da ilha da Boa Vista – e que davam conta de um trabalhador do Hotel Riu Karamboa que testou positivo para o novo coronavírus e que foi “esquecido” em casa dos familiares há 12 dias e só foi recolhido pelas estruturas da saúde, ao contrário dos demais colegas – Artur Correia recusou tecer comentários, alegando não ter ainda nenhuma informação directa das autoridades da ilha das Dunas.

Admitindo que possa ter acontecido, o DNS escudou-se na complexidade do processo sobre a recolha de casos positivos para os hotéis. “Este é um processo que leva o seu tempo, implica uma logística a nível do transporte e da também da protecção das pessoas que fazem este serviço. Sabemos das dificuldades da ilha a nível do alojamento e do isolamento destas pessoas. Foi preciso arranjar espaço, depois que o hotel existente ficou lotado. Mas as pessoas recolhidas mais tarde receberam um conjunto de instruções em termos de medidas preventivas e protetoras e dos cuidados que deviam ter em casa.”

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Correia referiu ainda que, em muitos países, os casos positivos ligeiros, como é a situação da maioria das pessoas da Boa Vista, ficam nas suas casas a aguardar o restabelecimento, ou seja, não precisam ser isolados em espaços específicos ou nas estruturas de saúde. Admite que esta opção acaba por ser mais complicada em Cabo Verde porque as famílias são numerosas, pelo que se está a trabalhar para se garantir a segurança sanitária da ilha. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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