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Jornalista russa condenada a oito anos e meio de prisão por protesto na TV contra a guerra

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A ex-jornalista da TV estatal Marina Ovsyannikova, que interrompeu uma transmissão ao vivo em março de 2022 para protestar contra a guerra na Ucrânia, foi condenada a oito anos e meio de prisão. O tribunal indicou que esta deve cumprir a sentença “numa colónia penal de regime geral.”

Ovsyannikova foi considerada culpada de “espalhar informações deliberadamente falsas sobre as forças armadas russas”, de acordo com um comunicado publicado pelo tribunal no Telegram.  Para além da pena de oito anos e meio, a jornalista está igualmente proibida de participar em atividades relacionadas com a administrada ode portas na internet ou redes de informações e de telecomunicações.

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Marina Ovsyannikova, de 45 anos, fugiu da Rússia com a filha para um país europeu não especificado, há um ano, depois de escapar da prisão domiciliária. Em outubro do ano passado, as autoridades judiciais russas emitiram uma ordem de busca e captura da jornalista.

Ovsyannikova trabalhava no Canal 1 de Moscovo. No dia 14 de março de 2022, interrompeu a emissão exibindo um cartaz contra a invasão militar russa da Ucrânia que Moscovo designa como “operação especial”. O cartaz dizia: “Não acredite na propaganda, eles estão a mentir. Russos contra a guerra.” 

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C/Agências

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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