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Como estamos educando os nossos filhos?

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Por: Pedro António Lopes

Existem muitos mundos, cada pessoa é um mundo, possui carateristicas fisicas e uma individualiade psíquica que o tornam diferente, não mais um, mas um em bilhões.

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A personalidade se desenvolve no seio familiar e em sociedade, enquanto atravessamos os estágios da vida, os mais importantes são a infância e a adolescência. Os pais devem concentrar os seus esforços nessas duas fases, que é quando a criança ou o adolescente mais precisam deles. Se ocorrer um evento com potencial de traumatiza-los, como um estupro, ou mesmo se forem negligentes ao educa-los, o futuro deles estará comprometido.

A educação materna torna as crianças mais afetivas, diminui a agressividade, ensina-as a arte da gentileza. O pai, instintivamente, clarifica as dificuldades da vida, apresenta o bom senso, impõe limites, enquanto que a mãe é mais flexivel. Mesmo assim, os dois se complementam, juntos moldam a criança.

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Nenhuma instituição do Estado pode substituir a ausência dos pais. Somos humanos, temos a necessidade de ter uma figura próxima da gente, que possamos inspirar e obter suporte nos momentos de dificuldade.

O Estado une a população numa estrutura de modo a satisfazer um interesse, o interesse público. Cumprindo o seu papel, complementa a família e é dessa forma que criamos uma geração moralmente capaz. Fica assim resumidamente explicado que o Estado exerce um papel fundamental na vida dos nossos filhos por meio do ensino público.

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O que se pede é mais investimentos na educação e uma reformulação dos contéudos lecionados. Já que muita coisa que é lecionada não tem utilidade prática na vida da criança, muitas vezes esbarra nas inclinações ou talentos que elas possuem, desorientado-as! Ora, se uma criança tem facilidade em aprender história, e se ama a mesma, porque então não colocar contéudos sobre, ao invés de sobrecarrega-la com outras matérias que não têm a mínima vontade em aprender? 

Outro, não devem gerar filhos aqueles que não têm condições de cria-los porque empobrecem a sociedade. Os filhos herdam a situação ecónomica dos pais, enfrentam mais obstaculos do que muitos da idade deles que vieram de uma procriação planeada.

A gravidez precoce prejudica o crescimento de qualquer nação, gera passivos, consome recursos, ao colocar o futuro de homens e mulheres que poderiam dar um imenso contributo ao desenvolvimento do país, ao progresso e a inovação em geral, a casais claramente desprerados. 

Entendam: meninos encaram a paternidade como uma passagem para a vida adulta. E, de facto o é! O unico problema que se coloca é se, até a criança nascer, estarão verdadeiramente preparados para assumirem as responsabilidades. As meninas, por seu turno, nos primeiros dias após o nascimento do filho(a), e mesmo durante a gestação, costumam olhar para o bébé com ternura, como se fosse um brinquedo, uma bonequinha por assim dizer –  vivem a nostalgia do tempo que brincavam de mamães – mostram-na para as amigas e constantemente fazem fotos para colocar nas redes sociais, são muito sentimentais, portanto têm muito amor para dar.

Depois, quando a criança já está andando e falando que as coisas ficam caóticas. Muito desgastadas e deprimidas, passam a descontar na criança as frustrações de uma vida sofrida. Quantas mães jovens temos visto agredindo os filhos, com violência desporporcionada, gritando, como se estivessem falando com um adulto?

Olhem, eu sou sensível neste assunto, sempre digo: você pode estar criando um futuro lider, um doutor, um austronauta… ou um dilinquente.  Depende do tipo de valores e exemplos que você transmite para o seu filho.  Eles precisam de pais presentes e não de milagres.   

Vejam os europeus, matam-se de trabalhar, aos trinta e cinco resolvem ter filhos. Afinal se sustentam tão bem, que não vêem a mínima diferênça em acrescentar mais uma boca à mesa. É disso que estamos falando, de uma vida planeada.

Se devemos copiar alguma coisa dos europeus que sejam as boas. Aquelas que, comprovadamente, funcionam. Então:

Não deixem apagar a criatividade, a energia, a personalidade do seu filho. Receba as dores que ele não pode suportar. Coloque a educação dele como prioridade, invista nele.

O mundo está cheio de ladrões de sonhos. Quando todos o olharem de cima pra baixo, rindo da fragilidade dele, é importante que ele saiba que pode contar com você.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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