A comissão cívica para a valorização da Matiota vai assinalizar o dia do município de S. Vicente com actividades desportivas e culturais na orla dessa famosa praia mindelense. Conforme o programa, haverá uma demonstração de saltos acrobáticos no trampolim, que costumavam ser executados antigamente, e travessias a nado e de caiaque entre o Miradouro da praia da Lajinha e Matiota no período da manhã. Para a tarde o programa irá contemplar um momento cultural (que deve ser suspensa por respeito à memória de Lily Freitas), exposição de fotografias da antiga Matiota e da limpeza da pequena piscina pública, chamada de tanquim, e rodas de conversa. Estas irão centrar na influência dos ingleses em S. Vicente, a ser abordada pela historiadora Marina Ramos, uma resenha do livro de B. Leza “Razões da amizade cabo-verdiana pela Inglaterra”, por João Silva, e uma comunicação de Carlos Monteiro intitulada “S. Vicente cá podê pará – eh hora de nô volta ao Taca-taca”.
Segundo António Silva, a comissão foi constituída para dar continuidade ao trabalho de recuperação da Matiota, restrituir essa praia e sua memória à ilha de S. Vicente. Para ele, essa orla tem de continuar a ser de domínio público, e não entregue para disfrute de um grupo de privados.
Este será também um momento para se prestar homenagem a Lily Freitas, falecida esta madrugada no hospital de S. Vicente, ela que, por coincidência, foi professora do presidente da referida comissão nos tempos que lecionou na Escola Salesiana. “Eu a tratava carinhosamente por professora Lily, pois era uma pessoa que respeitava muito e tinha um grande apresso por ela. Ela foi das mulheres mais corajosas e de carácter que conheci na minha vida”, frisa António Silva.
As actividades programadas para hoje, diz António Silva, visam apenas ter um sentido simbólico.