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Samba Tropical vai participar no Carnaval 2022 com uma “performance” na Rua de Lisboa

A escola Samba Tropical decidiu que vai participar no Carnaval 2022, não com um desfile ao estilo tradicional, mas sim com uma performance apenas na Rua de Lisboa, na noite de 28 de Fevereiro. Depois de deixar transparecer que este ano ficaria fora da festa, o grupo resolveu marcar presença, mas, como enfatiza David Leite, com uma performance, algo muito diferente das apresentações habituais.

Segundo o presidente da escola de samba, após três semanas de um trabalho árduo e de contactos com a direção, os chefes de ala e artistas ficou decidido que o grupo vai proporcionar um “agrado” ao público mindelense para não deixar o Carnaval passar em branco. A vontade, diz, seria preparar um show com o glamour típico do Samba Tropical, mas, explica, o tempo ficou muito curto para isso.

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Daia Leite relembra que foi no dia 12 de novembro que a Câmara de S. Vicente e a Ligoc-SV anunciaram que iriam criar as condições para o desfile oficial em 2022. Porém, para o Samba, essa informação veio relativamente tarde. “Na verdade, foi um anúncio que nos apanhou de surpresa devido ao adiantar do tempo e os esforços que a preparação de um carnaval implica. Dada as caracteriticas intrínsecas da nossa escola, começamos a trabalhar em junho. Demoramos três meses para a montagem do estaleiro, mas há todo um trabalho criativo que leva muito tempo”, explica Leite, para quem a direção foi levada a pensar mais com a cabeça do que com o coração. Por isso preferiu jogar pela razão e apostar nessa performance em vez de um grande desfile.

A “performance” do Samba ainda está a ser montada, mas Daia Leite deixou claro que não vai haver música oficial nem ensaios na quadra. “Isso só seria lógico se estivéssemos a preparar um desfile”, realçou o dirigente que fez questão também de frisar que não vão usar um trio eléctrico.

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Questionado se isso não poderá mexer com o prestígio do Samba, o presidente frisou que isso só poderia acontecer se a escola realizasse um desfile nos moldes tradicionais, mas sem a mínima qualidade. Por isso voltou a frisar que aqui não se trata nem de um show tradicional, nem de um assalto, mas sim de uma “performance”, cujos moldes serão mais tarde revelados. Devido aos contactos feitos por foliões residentes na diáspora, Daia Leite considera possível a presença de emigrantes no evento organizado pelo Samba. Aliás, adiantou que estão previstos dois voos de Luxemburgo para Mindelo por altura do Carnaval.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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