A Áustria vai deixar de usar a vacina da AstraZeneca devido a problemas de entrega e a relutância da população à vacina, após decisões semelhantes tomadas pela Noruega e Dinamarca. A informação foi anunciada pelo ministro da Saúde Wolfgang Mückstein, num programa televisivo do canal privado Puls-24.
Para além dos persistentes atrasos nas entregas, que desencadearam a abertura pela Comissão Europeia de processos judiciais contra o laboratório sueco-britânico, o ministro-médico destacou a relutância da população, devido aos raríssimos casos de coágulos sanguíneos que a vacina pode provocar. A este respeito, escreve o Jornal de Notícias, o governante austríaco disse que se trata de uma “vacina segura e de elevada proteção”, de acordo com o parecer da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Organização Mundial (OMS), que consideram os seus benefícios superiores aos riscos.
A Áustria, onde um terço da população de 8,9 milhões já recebeu uma dose de vacina contra a Covid-19, já encomendou milhões de vacinas para 2022 e 2023 e depende principalmente da BioNtech/Pfizer e Moderna, que usam tecnologia de RNA mensageiro.
A Dinamarca decidiu em meados de abril abandonar a AstraZeneca, o primeiro país da Europa a desistir, seguida em maio pela Noruega.
A maioria dos países europeus que continuam a usar a vacina limitaram a sua administração com condicionantes relacionados à idade.
C/ Jn.pt