Pub.
EconomiaEscolha do Editor
Tendência

CVA vê reabertura das fronteiras como passo animador, mas não vai iniciar voos ainda

Pub.

A Cabo Verde Airlines vê a reabertura das fronteiras cabo-verdianas como um passo inesperado e animador, porém não pretende ainda voltar a operar. As fronteiras encerradas para Cabo Verde nos principais países emissores de passageiros e medidas rigorosas que os passageiros encontrarão no regresso é uma das entraves que não permitem à operadora de bandeira nacional reiniciar as funções.

“Apesar da abertura da fronteira de Cabo Verde, as fronteiras de outros países permanecem em grande parte fechadas aos passageiros provenientes de Cabo Verde, independentemente da nacionalidade desses passageiros. Os poucos destinos que actualmente têm fronteiras abertas têm, na sua maioria, requisitos de entrada e quarentena muito rigorosos“, lamenta em nota o presidente da companhia. Este garante que a CVA está a envidar todos os esforços para assegurar que possa regressar a operações eficientes e fiáveis com uma diferença, assim que o ambiente comercial e a situação pandémica tenham diminuído. “A abertura de fronteiras estrangeiras e o aumento dos fluxos de passageiros serão as principais métricas para essa decisão” garante a transportadora em nota publicada nas redes sociais.

Publicidade

Entretanto, lê-se ainda que a Cabo Verde Airlines considera a súbita reabertura das fronteiras de Cabo Verde como um primeiro passo emocionante na “longa viagem” que se avizinha para revigorar a indústria do turismo e a economia nacional. Desta forma, a companhia espera ser parte integrante dessa viagem e acredita que serão necessários passos cuidadosos e medidos para se chegar ao fim “desta tumultuosa expedição, ligando mais uma vez quatro continentes através do hub das companhias aéreas na Ilha do Sal”.

Em sintonia com as razões apresentadas pelo governo, esta fonte reconhece que a “inesperada” reabertura das fronteiras é apenas o primeiro passo da “longa viagem” para o renascimento das viagens e do turismo e, consequentemente, da economia local em Cabo Verde. No entanto lamenta, que a maioria dos principais mercados da CVA e segmentos e grupos de passageiros tradicionalmente servidos ainda permanecem inacessíveis, uma vez que boa parte desses passageiros se abstém de reservar voos para Cabo Verde devido as elevadas taxas de infecção, tanto a nível mundial como local.

Publicidade

Com quase seis meses inoperável, salve algumas viagens de repatriamento feitas neste período, a ex-TACV prevê que o número de passageiros permaneça baixo até que estes países abram as suas fronteiras. “É lamentável que, no mesmo dia em que é anunciada a abertura da fronteira, Cabo Verde registe o maior número de casos de Covid-19 jamais registados no país num dia. Isto irá reduzir o incentivo para os turistas escolherem Cabo Verde como destino de férias.

Por isso considera o presidente e CEO da empresa, Erlendur Svavarsson, que a redução do número de infecções por Covid-19 continuará consequentemente a ser uma prioridade máxima para todos os habitantes do arquipélago. “Este é um enorme empreendimento que exigirá solidariedade e cumprimento de todas as medidas sanitárias e de controlo de infecções relacionadas com a pandemia”, frisa. Este comunicado surge um dia após a reabertura das fronteiras nacionais.

Publicidade

Sidneia Newton

Mostrar mais

Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo