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Eleições no “Samba”: Daia Leite duvida se grupo vai sair no próximo ano devido a Covid-19

O Samba Tropical pretende realizar as eleições directivas no mês de Julho, mas, na perspectiva do presidente-cessante David “Daia” Leite, é muito provável que o grupo venha a cancelar o desfile do próximo ano. Segundo este arquitecto, se não aparecer uma vacina para a Covid-19 o quanto antes, a possibilidade de a nova liderança cancelar o show de segunda-feira à noite é bastante plausível. 

Embora a nova direcção tenha tempo suficiente para organizar as coisas, Daia lembra que os preparativos de um desfile do Samba implicam muita coisa, uma delas viagens. E, se a conjuntura mundial não mudar, diz, tudo ficará mais difícil.

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“Há muita coisa junta e o mais provável é que o Carnaval do próximo ano seja repensado, nos moldes do desfile tradicional. Estamos a ponderar o cenário dentro do Samba e certamente que a direcção saída das próximas eleições não irá arriscar contribuir para piorar a epidemia, se não houver uma vacina”, salienta Daia Leite.

Ainda Daia não sabe precisar se vai concorrer ao seu quarto mandato a presidente do Samba Tropical. Ele está a aguardar um encontro com os outros membros da sua equipa para saber se avança ou recua. Frisa, no entanto, que estará sempre disposto a dar o seu contributo para o Carnaval de São Vicente e ao Samba, seu grémio do peito.

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Com base nos Estatutos, as eleições deviam acontecer em Abril, mas foram canceladas por causa da epidemia da Covid-19. A actual direcção, que tem vindo a gerir os destinos do Samba nos últimos seis anos, já expirou o terceiro mandato. Daia não descarta a possibilidade de concorrer ao cargo por mais dois anos, mas isso vai depender do suporte dos restantes membros da direcção.

Relembre-se que o Carnaval de Verão deste ano já foi suspenso, assim como o festival Baía das Gatas, por causa da epidemia. Desde Março que Cabo Verde vem registando casos de Covid-19 e já chegou aos 542 infectados desde então, com cinco óbitos a lamentar. Neste momento há seis pessoas infectadas em S. Vicente, todas vindas da ilha do Sal, conforme informação do Ministério da Saúde.

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KzB

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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2 Comentários

  1. – Acho que David Leite não devia dizer que “DUVIDA se o grupo vai sair no próximo ano devido a Covid 19”.
    (esta é uma frase desmobilizadora).

    Devia dizer: “há muita incerteza devido ao Covid 19 mas, iremos fazer (ou, JÁ COMEÇÁMOS A FAZER) tudo o que estiver ao nosso alcançe, tudo o que depender de nós, para o grupo sair”.
    (esta é uma frase aglutinadora)

    – Acho também, que o mandato das direções dos grupos de carnaval não devia ser de dois anos mas sim, de três anos, tempo suficiente para se concretizar qualquer ideia de projeto.

  2. Nós continuamos à espera para conhecermos o desfecho dos pequenos problemas que surgiram dentro da LIGOC, ou entre os grupos e a Ligoc.
    Sabemos que o Estrela do Mar, o Flores do Mindelo, e o Vindos do Oriente levaram uns assuntos à justiça mas até hoje não sabemos o resultado das mesmas.
    Sabemos que o presidente do Montsú disse que ele abandonaria a direção do grupo se se mantivesse essa direção da Ligoc mas, não sabemos se ele se associou aos outros três grupos ficando em maioria, para provocarem novas eleições.
    Não sabemos se todas essas intervenções destes quatro grupos na comunicação social não passaram de fogo de palha, o que pode concorrer para a sua descredibilização ou dos seus dirigentes.

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