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Seis novos suspeitos de coronavírus: Caso mais crítico na Boa Vista

Cabo Verde registou nas últimas horas seis novos casos suspeitos de coronavírus, dos quais três são cabo-verdianos que regressaram de Portugal e três turistas, sendo um casal oriundo da Dinamarca, na ilha do Sal, e um cidadão inglês, na Boa Vista. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira pelo Director Nacional da Saúde em S. Vicente. Artur Correia destacou o caso da ilha das Dunas como sendo o “mais crítico”, sendo que as suas amostras deverão seguir ainda hoje para a cidade da Praia para o despiste. 

De acordo com este responsável, os dois suspeitos identificados na Assomada têm 19 e 37 anos, enquanto o de São Vicente tem 32 anos, e todos são do sexo masculino. Já o doente da ilha da Boa Vista, é um cidadão de nacionalidade inglesa, tem 62 anos, e é o que se encontra em situação mais critica. No entanto, ainda é suspeito.

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O casal dinamarquês que desembarcou  no Sal tem 49 e 52 anos, respectivamente. “Em princípio, os resultados dos exames a estes suspeitos deverão começar a ser conhecidos a partir da tarde de hoje. Temos o caso do Porto Novo que registou um ligeiro atraso devido a exigências de segurança impostas pela Agência de Aviação Civil, que estamos a tentar ultrapassar. Mas a amostra já chegou na cidade da Praia. Também já foi enviada a amostra do caso suspeito de S. Vicente”, frisa Correia.

As amostras do caso suspeito da Boa Vista, prossegue, deverá seguir no voo das 12 horas para o laboratório na Praia para efeito de exame, sendo que o mesmo deverá também acontecer em relação aos do Sal. “Todos estamos ansiosos para conhecer os resultados dos exames para podermos caminhar com mais forca nos próximos 15 dias, a contar da data do fechamento das fronteiras, e não termos registado nenhum caso introduzido”, realçou o DNS, que aproveitou para apelar aos hotéis para que façam cumprir as orientações, sobretudo por estes dias. Aos estudantes regressados, aos familiares e à população em geral, Correia pediu para ajudarem a vigiar e fazer cumprir as recomendações das autoridades sanitárias. 

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Próximos 15 dias serão críticos

“Estamos numa situação crítica. Os próximos 15 dias são cruciais para a prevenção e controlo do coronavírus Cabo Verde deste o fechamento das fronteiras. São cruciais para reforçarmos a vigilância a níveis comunitário e dos hotéis. Só sector da saude não conseguira fazer isso”, acrescentou, destacando o apoio das forças policiais que, afirma, se prontificaram para ajudar na vigilância aos incumpridores. “Esperamos que os jovens e adultos regressados, e também os estrangeiros, cumpram as recomendações sanitárias porque vamos ser rigorosos. Ninguém tem o direito de pôr a população do país inteira em risco, sobretudo nesta fase em que temos 15 dias, depois da tomada de medidas, para saber se o vírus entrou no país”, avisa. 

De acordo com o DNS, nesta fase, a Comunicação Social desempenha um papel fundamental para manter o clima de serenidade e confiança e para combater as notícias falsas, que apenas contribuem para lançar pânico e insegurança. “Estamos aqui para informar a população, através da imprensa, daquilo que está a passar. Cabo Verde não tem nenhum caso confirmado do Covid -19. Mas não estamos imunes. O vírus não obedece fronteiras. Estamos a fazer os possíveis para evitar a sua entrada mas, se isso acontecer, que seja detectado precocemente para evitar a transmissão a partir dos importados.”

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Relativamente às pessoas que chegaram ao país antes do encerramento das fronteiras, entre os quais alguns estudantes, Artur Correia lembra que constituem risco pelo que devem seguir as recomendações rigorosas de quarentena domiciliar e com medidas de protecção e restrição social. Segundo o DNS, estas pessoas têm uma responsabilidade  fundamental sobre as suas cabeças, que é de cumprir as determinações para que o país possa cerrar fileiras e fechar as portas à disseminação do coronavírus. 

Quanto às noticias do surgimento de um caso suspeito em S. Nicolau, Correia nega que a DNS tenha divulgado qualquer informação neste sentido. Trata-se, afirma, de um cidadão que veio da Itália e que se encontra de quarentena normal, à semelhança de outros que viajaram de regiões onde há neste momento transmissão activa. O cidadão, garante, está a ser seguido a nível domiciliar, mas não é considerado suspeito.

Constança de Pina


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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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