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Cultura

Flores do Mindelo aposta na mítica da civilização egípcia e promete desfile melhor no Carnaval 2020

O grupo Flores do Mindelo vai levar para o concurso oficial do Carnaval Mindelo-2020 o enredo “A lenda de uma civilização mítica”, conforme foi revelado ontem à noite aos foliões e convidados dos outros grémios. O tema, criado e desenvolvido pelo carnavalesco Eugénio Moreno, gira em torno do universo dos deuses egípcios, que estará refletido nas alas, na música e nos três andores. “O primeiro carro alegórico apresenta a deusa Ísis, que abre o caminho para o novo império; segundo enfatiza a reconquista com Anúbis; o terceiro, intitulado ‘Hator, a deusa do amor’, expressa a música e a poesia”, explica o responsável pelo enredo.

A música “A lenda mítica”, que passa a estar disponível hoje nas plataformas online, é produto de uma sinergia entre o próprio carnavalesco Eugénio Moreno, que compôs a canção, Eric, que assumiu a produção, e a cantora Marísia, que dá voz à melodia. A noite foi para a apresentação do enredo, mas também das figuras de destaque do Flores. As musas que devem desfilar beleza, elegância e glamour serão Mirna Alexandra, Janni Lopes e Vânia Monteiro.

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A figura feminina que vai liderar a batucada com samba e carisma ficou a cargo da jovem Aniette Faria, uma estreante nessa lide. Esta jovem de apenas 19 anos de idade assegura que ser Rainha de Bateria é o concretizar de um sonho. Por isso promete dar tudo de si, pelo Flores do Mindelo e pelo carnaval da sua ilha S. Vicente.

Outras figuras de destaque apresentados na noite foram Stiven e Laurinda, o Mestre-sala e a Porta-bandeira. Estas duas figuras não são novidades no cargo. Stiven Évora, que representa o Flores como Mestre-sala pelo terceiro ano garante que a sua prestação será bem melhor do que em 2019, ano em que a sua performance foi bastante afectada por um “imprevisto”. “Estava doente quando fui desfilar, por isso não consegui dar tudo o que queria dar”, revela o jovem, que se manteve focado nos ensaios o ano inteiro para poder estar ao melhor nível no dia 25 de Fevereiro.

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Um carnaval mais digno do que nos anos anteriores é o que promete a presidente Ana Gonçalves, que espera levar seiscentos foliões para o sambódromo do Mindelo para engrandecer o enredo deste ano. “É um tema bonito. Vamos trazer muitas novidades para mostrar ao público e assinalar com dignidade os quarenta anos do grupo”, assegura “dona” Ana.

Na apresentação do enredo houve também espaço para fair-play, tendo o Flores oferecido diplomas aos representantes dos grupos Monte Sossego, Cruzeiros do Norte, Estrela do Mar, Vindos do Oriente e Samba Tropical.

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Sidneia Newton (Estagiária)

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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3 Comentários

  1. Como é que um outro jornal teve a habilidade de noticier que o enredo do FM era sobre o Monte Cara???
    Desarenção? Precipitação?
    Assim não vale!!!

  2. 12/01/2020, os becos e rebelecos de Ribeira Bote estavam apinhados de gente (nativos e turistas) atrás dos mandingas.
    Destacava-se a força do orgulho das suas gentes no seu bairro e na sua cultura.
    De regresso à casa fui literalmente cercado pelos mandingas de Fonte Filipe e começei a pensar.
    – Nao soube e talvez ninguem tenha sabido com antecedencia de que eles tambem estariam desfilando.
    – Porquê???
    E encontrei duas razoes possiveis.
    1°) Maior disciplina e organizaçao dos ribeirabotenses que se lembram de publicitar na comunicacao social.
    2°) A Policia Nacional.
    – No tocante à organização, justifica-se com a maior antiguidade e tradicao do Ribeira Bote porem, recordo-me bem dos mandingas de Fonte Filipe há 55 anos atrás.
    – Por isso, parece-me que o principal problema se encontra nas dificuldades que a Policia Nacional denota em compreender o espirito do carnaval especificamente o de S.Vicente.
    A PN decidiu chamar a si a organizacao e definicao do circuto dos desfiles, e nao tera tido em conta o espirito da coisa.
    Antes os mandingas se desfilavam de forma expontanea e nós iamos cruzando com eles (ou eles conosco) de bairro em bairro, de rua em rua, de esquina em esquina.
    A policia decidiu definir um unico circuito por achar que nao consegue controlar varios circuitos ao mesmo tempo.
    E é assim que o Ribeira Bote, com o seu poderio, toma conta de tudo, sobrando os espacos mais marginais para os mandingas dos outros bairros.
    Fica ate a sensaçåo de que estes têm estado a sentir-se sufocados e ate um pouco estrangulados pelas medidas da policia.
    Precisam encontrar e conversar.
    E os mandingas ja precisam criar a sua assossiacao com presença de representantes de todos.

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