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Cultura

Samba Groove convidado para actuar no “Percusounds Festival-2020”, na Bélgica

O grupo Samba Groove deverá fazer a sua estreia internacional no próximo mês de Agosto no Percusounds Festival-2020, um evento organizado há 25 anos pela congénere belga Batuqueria na cidade de Bruxelas. O grupo já recebeu o convite de elementos de Batuqueria que se encontram em S. Vicente a sentir a vibração cultural da cidade do Mindelo, mas conta formalizar esse acto num encontro com o Presidente da CMSV ao meio-dia.

Conforme Alberto “Beto” dos Santos, presidente dos Samba Groove, o pessoal do Batuqueria assistiu a um ensaio e ficou impressionado com a força e a riqueza da batucada mindelense. “Disseram que temos tudo para arrasar no festival com os ritmos do Carnaval de São Vicente”, conta Beto, que aproveitou para mostrar aos visitantes vídeos dos desfiles carnavalescos e da actuação do seu grupo, que reforçaram o interesse do agrupamento belga.

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Em princípio, o convite para o Samba Groove tocar na próxima edição do Percusounds Festival será formalizado hoje, ao meio-dia, num encontro com o presidente da Câmara de S. Vicente. É que, segundo Beto, a autarquia será parceira desse projecto, que, diz, irá possibilitar a divulgação da cultura cabo-verdiana num evento que reune músicos de vários países.

A caravana deverá integrar os 18 elementos do Samba Groove, bailarinas e mandingas, caso seja possível tratar dos vistos de todas as pessoas. “Temos um ano para preparar tudo. Vamos fazer algumas actividades para angariação de fundo e envolver patrocinadores”, informa Beto. A primeira iniciativa acontece no dia 1 de Novembro, com uma actuação num evento organizado pelo grupo Vindos do Oriente e que contará com a participação de 14 elementos do Batuqueria, formado por percussionistas do Brasil, Bélgica, Marrocos, França, Curação, etc.

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Esta não é a primeira vez que Batuqueria visita Cabo Verde. Segundo Beto, esse agrupamento já esteve na Boa Vista, tendo feito uma actuação em parceria com Djony do Cavaco, artista mindelense residente na ilha do Sal e muito ligado ao samba. Djony, conta Beto, fez a ponte entre o Samba Groove e o responsável do Batuqueria, ao saber que este grupo pretendia deslocar-se à cidade do Mindelo.

Formado por músicos de todos os grupos carnavalescos de S. Vicente, Samba Groove tem estado a conquistar o seu espaço em S. Vicente, fazendo uma nova interpretação da música tradicional cabo-verdiana. A iniciativa visou combater a rivalidade entre os grémios oficiais, mostrar que podem coexistir em harmonia e reforçar a qualidade do Carnaval d’Soncent.

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Kim-Zé Brito

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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2 Comentários

  1. Cuidado, porque o Kwame Gamal vai ficar “pê da vida”!
    Então, quando é que já se viu convidar um grupo de S.Vicente para um evento internacional, se nesta ilha noroestina não nos preocupamos em ter raiva dos brancos, em vestir as roupas radicalmente africanas, se não damos “cu torno na txabeta”, se não tocamos os tambores da maneira como o Gamal decidiu que é a única maneira honestamente caboverdeana (a que ele toca) ou seja, que no olhar filosófico/cultural do Gamal, através de jeitos e terjeitos vai tentando divulgar a ideia de que não somos verdadeiramente, caboverdeanos representativos e respeitadores da nossa identidade (só por não ser imprintamente a dele)???
    Será que não está a conseguir os seus intentos, estará ele a se perguntar???
    Como é que isto pode estar a acontecer depois de todo o meu suor, todo o meu trabalho, toda a minha dedicação e todo o meu empenho (entrevista no programa da Margarida Fontes) com recorrentes insinuaçãoes para tentar diminuir a cultura mindelense (e aliás, de quase todas as restantes ilhas) em favor da de Santiago?
    Se todo um esforço destes não dá para nada, então este mundo deve estar de cabeça p’ra baixo, estará ele a dizer!

  2. Penso que cada Grupo Cultural deve ter o seu espaço e tentar desenvolver as suas ideias, exprimindo e enriquecendo a nossa Cultura! As iniciativas inovadoras, criativas devem ser abraçadas, sem subterfúgios, nem críticas depreciativas! Cabo Verde é e será bastante se se dignifica a diversidade, e variedade géneros rítmicos que temos na diversas ilhas, respetiando-as ! A bem da nossa Cultura ,. Tey Bonga

    Diria- Cabo Verde é bastante rico!

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