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Desporto

“Mon na Roda” em dúvida para Mundial da Alemanha: Grupo de dança pede ajuda à sociedade civil

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O grupo de dança Mon na Roda está a precisar da ajuda da sociedade civil para participar no campeonato mundial de dança em cadeira de rodas, que acontece em Novembro na Alemanha. Para o efeito, lançou uma campanha de angariação de fundos na Caixa24, em parceria com a SISP, onde cada usuário pode, querendo, fazer uma doação que vai dos 100 escudos aos 5 mil escudos. Basta escolher a opção “Pagamentos-donativos-mon na roda” e depositar o valor que quiser.

Esta foi mais uma das saídas encontradas pelo grupo sociocultural e desportivo, que precisa de pelo menos 385 contos para comprar quatro passagens. “Na semana passada era esse o montante, mas vai subindo com o passar do tempo”, frisa Miriam Medina.

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Segundo esta integrante de Mon na Roda, a inscrição para a competição termina a 23 de Setembro e, apesar de disporem dos 1700 euros necessários para o efeito, podem desistir, se não conseguirem angariar o dinheiro das passagens o quanto antes. “O nosso medo é inscrever e não ir porque perdemos o dinheiro da inscrição”, explica Miriam, salientando que já dispõem também do dinheiro do hotel e transporte na Alemanha.

Até o momento, o grupo já solicitou a colaboração de várias instituições, inclusive a CV Airlines, mas, conforme essa fonte, a companhia aérea respondeu que não tem disponibilidade. Entretanto, o grupo evitou pedir a ajuda do Ministério do Desporto, pois, segundo Miriam, esta estrutura governamental tem sido uma grande parceira e há outras iniciativas desportivas que também precisam de atenção.

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Desde Maio que os quatro atletas de Mon na Roda – três homens e uma mulher – estão submetidos a um treino intensivo para representar Cabo Verde, o único país africano presente no mundial da Alemanha. Alcançaram a qualificação para a prova no mês de Maio, com a conquista de quatro medalhas.

“A concorrência é mais renhida, pelo que temos de nos preparar na máxima força, embora não tenhamos professores de dança e nem sejamos formados nessa área. Fazemos as nossas coreografias através de ideias que recolhemos aqui e ali e na internet”, salienta Miriam, realçando que a equipa nacional vai competir nas categorias de free style, combi (quando o cadeirante é acompanhado por uma parceiro de pé) e free style single man.

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Apesar da motivação, o grupo está apreensivo, sem saber se poderá estar presente no Mundial da Alemanha. Desde 2016, refira-se, que Mon na Roda tem estado a competir a nível internacional, tendo ficado em 2018 no 1° lugar do ranking mundial em duas categorias.

Kim-Zé Brito

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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Um Comentário

  1. Eu como caboverdiana sinto-me envergonhada, sim envergonhada pq meu país não contribui, não valoriza, não incentiva os jovens. Os Mon na Roda já ganharam uma serie de medalhas, já levaram o nome de CV mundo afora e, entretanto não temos nenhuma instituição do estado, Ministério da Cultura, Ministério do Desporto, que possa patrocinar menos de 400 mil esc.?
    Nada mais digo, porque não vale a pena….

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