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Cultura

Fila na Praça Nova para compra de bilhetes para o Carnaval do Mindelo

O início da venda de bilhetes para as bancadas do Carnaval provocou esta manhã uma fila na Praça Nova de centenas de pessoas interessadas em ver o espectáculo com a devida comodidade. Conforme apurou o Mindelinsite, estão neste momento disponíveis 1600 ingressos para as bancadas da Rua de Lisboa, ao lado do Palácio do Povo e parte da Rua Machado. Os acessos para a Rua de Lisboa e lado do Palácio custam mil escudos/dia, enquanto os para as bancadas na Rua Machado estão a ser vendidos a 500 escudos por cada.

“Até agora foram mantados 1600 lugares e estamos a avançar com a venda dos bilhetes. Quando terminarem de montar as bancadas na Praça Nova e noutros pontos continuaremos a vender os ingressos”, explica uma fonte deste jornal online, assegurando que serão vendidos os bilhetes de acordo com os lugares disponíveis.

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A venda começou as 10 horas, podendo cada comprador adquirir no máximo quatro ingressos. Muito antes disso, várias pessoas já estavam perfiladas para garantir o seu lugar, cientes de que, apesar das críticas, haverá uma corrida aos bilhetes. Um dos primeiros a chegar à Praça Nova foi Buchico, mas para ele a venda deveria começar logo pelas oito horas. “Porque deixar amontoar tanta gente para depois começar a venda?”, questiona.

Para este defensor da comercialização dos espaços, a organização deveria enumerar os ingressos logo no processo de impressão. Deste modo, quem tem o seu bilhete sabe que o seu lugar estará reservado para quando chegar.

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“Sou e serei defensor da venda de bilhetes porque o nosso Carnaval é uma autêntica arte. Vejo tanta gente pagando mais caro para ver espectáculos de porcaria, mas no entanto negam pagar para ver este grande evento. Carnaval de graça já era”, afirma Buchico, que faz um paralelo com o Brasil para lembrar que quem quer entrar no Sapucaí compra os ingressos a preço de ouro.

Em princípio serão disponibilizados 4500 lugares na Rua de Lisboa, ao lado do palácio do Povo, na Rua Machado e Praça Nova.

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Entretanto, após a publicação desta notícia, dezenas de pessoas que não puderam adquirir os seus bilhetes fizeram um protesto em frente à Câmara de S. Vicente. Estavam enfurecidas e indignadas porque os ingressos foram esgotados minutos depois de iniciarem a venda. Para essas pessoas isso é estranho e pode indiciar a venda antecipada de bilhetes principalmente para a Rua de Lisboa, o local mais privilegiado para quem quiser apreciar o desfile oficial e o show do Samba Tropical.

Em nota de imprensa, a Ligoc-SV esclarece que os bilhetes disponibilizados eram referentes aos lugares até agora disponíveis. Assim que as outras bancadas forem instaladas, os respectivos ingressos serão colocados à venda.

KzB

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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5 Comentários

  1. Mais uma vez Câmara municipal tratá povo de idiota porq venda de bilhetes começa 10h e um hora dpos já ca tinha bilhete só tinha bancada na rua machado ou seja es vendé ses bilhete antes depos es bai k meia duzia p vendé n praça nova p ingana povo

  2. Um monte de corruptos na kel terra dnos, sem is kumsa de vende dret rua de lisboa ja tinha cabod bilhetes,se carnaval e do povo, povo cre paga pa ba oia e bo catem oportunidade de xcolhe lugar porque kis amdjor ta tem log sis donos ,corrupcao e padrinhagem na kel Cabo Verde cata caba nunca.Um monte de lambedores, ta da gente e desgosto dis gentinha manhentes.

  3. Alguém se encarregou de acabar com a maior manifestação cultural de Cabo Verde. E essa mesma gente quer enriquecer à custa do esforço de gente humilde que começa os preparativos com cinco, quiçá, seis meses de antecedência, prendendo o seu sono, às vezes sem comer, para esses larápios meterem no bolso no fim. Tenham vergonha

  4. PREÇOS:. O carnaval do Mindelo exige dinheiro. A compra de ingressos é uma das muitas formas de conseguir receitas que a LICOC e os grupos têm de encontrar. Eu penso que os preços deveriam ser os seguintes: RUA DE LISBOA: Tribuna VIP (junto ao plurim): grátis para as entidades convidadas e se sobrarem lugares, 5 000$00 para os dois dias. Tribuna Norte (Junto à hortocarnes): (2ª Feira) 1 500$00, (3ª Feira) 2 500$00. Tribuna Sul (junto à residencial Mindelo): (2ª Feira) 800$00 (3ª Feira) 1000$00. AVENIDA BALTAZAR LOPES: Lado passeio Panda: Tribuna: (2º Feira) 700$00 (3ª Feira) 900$00. Bancadas (2ª Feira) 500$00 (3ª Feira) 7 00$00. Lado passeio finanças: Tribuna: (2ª Feira) 700$00 (3ª Feira) 1 200$00. Bancadas: (2ª Feira) 500$00; (3ª Feira) 900$00. PRAÇA NOVA: Tribunas: (2ª Feira) 300$00 (3ª Feira) 400$00. Bancadas (2º Feira) 150$00 (3ª Feira) 300$00. DI GRÁTIS: Os dois lados da rua da discoteca Siírios; os dois lados (por enquanto) da rua 5 de Julho; Rua de Lisboa no passeio do lado da farmácia do Leão

  5. Num jornal on line aparece uma peça jornalística intitulada “CARNAVAL DA PRAIA CRESCE E APARECE”. Pelo conteudo meio pedante de emergente incorrigível e o recurso frequente a inverdades do mesmo, acompanhado de constantes referências depreciativas a S.Vicente, parece que o foco era, como sempre é, um outro carnaval. O de S.Vicente, claro! Desde há bem pouco tempo (década de 80) quando o carnaval, quase que impingido a ferro na Praia pelo Jornal Vóz di Povo e pela TEVC, teve a habilidade de à nascença ser já uma tradição, que tal atitude se mantém. Em 1984, aquele jornal do Estado já se referia ao carnaval da Praia como o grande carnaval de Cabo-verde. Com tradição e tudo. Só que em 1981, escassos 3 anos antes, ironicamente Praia ainda não tinha carnaval nenhum. A precipitação de ser tradição, antes da fecundação. Na verdade, o carnaval da Praia teve um parto diferente de todas as outras ilhas. Um parto politicamente forçado. Aqueles órgãos da comunicação social do Estado não aceitavam que Mindelo tivesse uma tradição cultural que não existisse na Praia. Por isso, quando noticiavam a manifestaçãio cultural que é o carnaval de rua mindelense, para não ficar sem noticiar a Praia onde o dia se passava completamente despercebido na rua, iam à noite de casa em casa fazer reportagem nas festas particulares de carnaval na Praia. A manifestação cultural de massas do Mindelo, era tratada com o mesmo destaque e colocada no mesmo nível que uma festa particular na Praia. Paralelamente, o povo praiense considerava o carnaval, uma coisa patética que só cabia na cabeça dos mindelenses e que se devia desrespeitar e botar abaixo. E nessa mesma senda e filosofia inspiradora e condutora de vida, agora lembraram-se de fazer cair do céu essa pérola do ” Bididó”, como se fosse qualquer coisa profunda, mas que na verdade é só uma nova tentativa de inventar alguma faceta de tradição ao carnaval da Praia. Cresce e aparece um carnaval diferenciado na Praia. Com cinzas. Coisa que S.Vicente nunca sequer se lembrou porque cinzas e S.Vicente não têm nada a ver uma coisa com a outra. E se aperceberem que isso não tem qualquer implicação concorrencial com o carnaval de S.Vicenteua, certamente qualquer dia irão acrescentar a quaresma e a páscua, tudo como carnaval. Esse sim, irá ser um autentico carnaval. Pode ser que ninguém entenda o que vai significar mas, confirmará mais uma vez, a veradeira cultura da Praia que nao é realizar expontaneamente algo com que se identifica e com que se sinta feliz mas sim, realizar (fabricar) a felicidade de não ficar sem fazer algo que S.Vicente faz. E já agora, que tem de ser maior e tradicional. Um carnaval com cinzas, quaresma e páscua. E se páscua e quaresma não existissem, seria outra coisa qualquer. Desde que ficasse “MAIS”. É essa a verdadeira cultura da Praia. SENTIR-SE ACOSSADO COM TUDO O QUE OS OUTROS FAZEM EXPONTANEAMENTE, principalmente se for feito com qualidade e verdade. TENTAR DESVALORIZAR E FALAR MAL. E CASO NÃO CONSEGUIR OS SEUS INTENTOS, TENTAR ENTÃO PARTIR PARA OUTRA ESTRATÉGIA, QUE NORMALMENTE É A DA IMITAÇÃO MAS , SEMPRE DIZENDO E REPETINDO QUE É TAMBÉM ORIGINAL. Temos de convir que de facto se trata duma cultura diferenciada no contexto caboverdeano. A única ilha que vive e se alimenta espiritualmente com essa atitude e desse tipo de motivação para ter iniciativas culturais.

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