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Vítima terá perseguido agressores após ser baleada na Baía das Gatas

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Sandro Mendes, vítima de um disparo ontem à noite na Baía das Gatas, foi submetido a uma intervenção cirúrgica, mas a equipa médica decidiu deixar a bala no seu corpo. Atingido à queima-roupa no ombro direito, o projéctil entrou pelo ombro e foi alojar-se na parte detrás do braço. Segundo o pai, os médicos explicaram que teriam de rasgar uma boa porção de músculos para retirarem o objecto pelo que optaram por deixa-lo no local até porque não constitui perigo. Neste momento, conforme apurou o Mindelinsite junto do hospital Baptista de Sousa, a vítima encontra-se estável.

A agressão aconteceu ontem por volta das 21 horas, quando Sandro Mendes prepara-se para regressar à cidade do Mindelo. Assim que entrou na estrada alcatroada vinda de uma zona de terra onde fica uma residência da família na Baía, Sandro decidiu selecionar músicas para escutar durante a viagem. “Ele vinha com o carro em andamento, mas a uma baixa velocidade. De repente viu duas pessoas à sua frente. Parou o carro para falar com eles e disse-lhes para terem mais atenção porque podia ter atropelado um deles”, conta Delatck Mendes. Nisso, prossegue, um deles tentou abrir a porta do condutor, mas esta estava trancada. Acto seguinte, os dois tentaram retirar a vítima de dentro da viatura. 

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Só que Sandro resistiu e um deles disparou sobre a sua pessoa. “Ele diz ter ouvido o estrondo de um tiro, mas não sentiu nada. Tanto assim que abriu a porta do carro e encetou uma perseguição a pé aos dois agressores. De regresso ao carro, sentiu a roupa ensopada, correu a mão pelo corpo e viu sangue. Só nesse instante teve consciência que foi ferido”, prossegue a nossa fonte.

Segundo o pai, a vítima meteu-se no carro e zarpou para a cidade. Só que a dor era tanta que foi obrigada a parar e telefonar a um amigo a pedir ajuda. Este chamou outro, que entretanto comunicou o caso à Polícia. Quando os colegas chegaram, encontraram a vítima no chão. Transportada para o hospital foi submetido a uma operação de urgência.

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Esta versão deita por terra a informação segundo a qual os agressores usaram uma viatura. Fica-se também com a impressão que se tratou de um assalto e não de um acto premeditado contra a vítima em concreto. Resta, no entanto, aguardar pelos resultados da investigação policial. O caso, conforme apurou este jornal, está sob a alçada da Polícia Judiciária.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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